Enfermeiro foi condenado à perpétua pela morte de 85 pacientes (news.com.au)
Um enfermeiro alemão serial killer foi condenado à prisão perpétua na quinta-feira (6) pelo assassinato de 85 pacientes que estavam aos seus cuidados, de acordo com uma declaração de um tribunal na cidade de Oldenburg.
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Niels Hoegel, ex-enfermeiro de 42 anos que é considerado o pior serial killer pós-guerra da Alemanha, foi condenado à prisão perpétua no Tribunal de Oldenburg.
Enquanto resumia o julgamento, o juiz disse que as ações de Hoegel foram “incompreensíveis: essa é a palavra que caracteriza isso”.
Anteriormente, o enfermeiro confessou que havia matado 100 pacientes – com idades entre 34 e 96 anos – em dois hospitais no norte da Alemanha entre 2000 e 2005. Entretanto, Hoegel foi absolvido em 15 casos na quinta-feira porque não havia evidência suficiente.
Hoegel foi acusado de dar as suas vítimas medicamentos não prescritos, em uma tentativa de mostrar suas habilidades de reanimação aos seus colegas e afastar o tédio.
Em julgamentos passados, Hoegel disse que ficava eufórico quando conseguia ressuscitar um paciente e devastado quando falhava.
A polícia suspeita que o número real de mortos pode ser superior a 200, mas não tem certeza já que muitos pacientes foram cremados antes da realização de autópsias, divulgou a Agence France-Press – AFP.
O ex-enfermeiro já está cumprindo uma perpétua por seis condenações, incluindo homicídio e tentativa de homicídio em 2008 e 2015. Essas condenações levaram autoridades a investigar centenas de mortes e exumar os corpos de antigos pacientes nas clínicas onde ele trabalhou.
“Amnésia coletiva”
Uma das grandes perguntas no caso é como Hoegel conseguiu assassinar tantas pessoas aparentemente sob os olhos da equipe do hospital.
Ex-colegas na clínica Delmenhorst onde ele trabalhou admitiram ter suspeitas sobre Hoegel, de acordo com a AFP. Contudo, funcionários do outro hospital em Oldenburg disseram que eram alheios ao crescente número de mortos.
Durante a condenação, o juiz Sebastian Buehrmann criticou o que chamou de “amnésia coletiva” da equipe, enfatizando que a onda de mortes de Hoegel era incompreensível”.
Fonte: CNN