Uma equipe do Museu Nacional de Ciência do Japão vai enfrentar um grande desafio para desvendar como os ancestrais chegaram ao país há 30 mil anos.
Com uma embarcação feita com tronco de uma árvore, bem rústica, 5 integrantes vão tentar a travessia marítima, sem bússola, relógio, GPS e mapas, simulando o que teriam feito no passado distante. Irão usar os recursos naturais como sol, estrelas e vento para se guiarem.
Irão partir do leste de Taiwan rumo a Ilha de Yonaguni (Okinawa), no extremo do arquipélago. Vão verificar o melhor período, após a época das monções, entre 15 deste mês a 13 de julho.
O trecho escolhido foi um dos que os antepassados usaram para desbravar o Japão. Sabe-se que foram 3: da Sibéria para Hokkaido, Península Coreana a Tsushima (Nagasaki) e Taiwan a Okinawa.
Ancestrais enfrentaram desafios da natureza e do físico
O desafio é verificar se essa embarcação rústica de madeira, de 7,5 metros de comprimento, aguentará a travessia de 200Km, pois enfrentará a Corrente Kuro Shivo ou Kuroshio. Foi feita usando uma tora de cedro de Noto, praticamente esculpida a mão.
Outro desafio será a condição física dos 5 experientes em caiaque do mar, na proa. Enfrentarão 30 a 40 horas de calor, fadiga e sonolência.
No passado já foram realizadas tentativas usando embarcação de palha (2016) e outra, uma espécie de jangada de bambu (2017). Mas a equipe não foi bem sucedida.
Para o chefe do Centro de Pesquisa de História Humana do museu, Yosuke Aiba, 50, essa é uma tentativa importante para desvendar como os ancestrais atravessaram o mar, que se supõe terem chegado em grandes grupos com várias embarcações. Mas poderá ser a última se não for bem sucedida.
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Fontes: Asahi, ANN e Yomiuri