O governo da cidade de Hirado (Nagasaki) será o primeiro no Japão a permitir que turistas pernoitem na segurança de um castelo.
Autoridades estão criando acomodações na Kaiju Yagura, uma torre no Castelo de Hirado, uma grande atração turística no distrito de Iwanouecho da cidade.
A fortaleza feudal será o “primeiro castelo do Japão que oferece pernoites”, de acordo com a Japan Castle Foundation com sede em Tóquio.
A cidade espera abrir as acomodações no ano que vem.
“Queremos atrair pessoas de todo o mundo ao Castelo de Hirado, que é o símbolo da cidade e nosso orgulho”, disse o prefeito Naruhiko Kuroda.
A Kaiju Yagura, uma das cinco torres do castelo, é uma estrutura de concreto reforçada com aço construída em 1977 com um espaço útil total de 127 metros quadrados.
A torre fica em um local de frente para o Estreito de Hirado e a ponte Hirado. Ela foi originalmente construída como um espaço de exibição, mas é atualmente usada para armazenamento.
Em 17 de abril, o governo da cidade começou a solicitar lances para o projeto em seu site.
Com base nas propostas dos candidatos de sucesso, o governo da cidade renovará o interior da torre e alugará a estrutura à empresa de gestão na condição de que ela não mudaria seu exterior.
O castelo original foi desmantelado após um decreto ter sido emitido durante a era Meiji (1868-1912). Contudo s cidadãos pediram que o castelo fosse reconstruído.
De acordo com a Japan Castle Foundation, Hirado é um dos poucos castelos equipados com “kuruwa” (muralhas e espaços demarcados pelas muralhas), fossos e outras estruturas com base em tecnologia militar desenvolvida por Yamaga Soko (1622-1685).
Visto que grande parte da estrutura caiu em degradação ao longo de 50 anos desde que foram construídas, o governo da cidade iniciou um projeto de renovação de grande escala no ano fiscal de 2018.
Autoridades têm a intenção de atrair turistas estrangeiros cujos números devem aumentar durante as Olimpíadas de Tóquio em 2020.
O número anual de visitantes no Castelo de Hirado atingiu um pico de 200.000. Contudo, esse número ficou em torno de 70.000 nos últimos anos, com custos de manutenção prejudicando os orçamentos do governo da cidade.
A torre não é uma propriedade cultural, permitindo que ela seja usada como acomodação.
Fonte: Asahi