A NASA anunciou que o explorador espacial Curiosity detectou existência de alto nível de metano na superfície de Marte. A descoberta foi feita em missão do dia 19 de junho. Segundo pesquisadores da NASA, isso indica a possibilidade de existir microrganismos vivendo no subsolo marciano. A notícia é do New York Times.
O metano é um gás abundante na Terra já que é produzido através do processo de digestão dos seres vivos. Os cientistas estavam pesquisando evidências com mais veracidade para provar se essa quantidade de metano foi produzida por microrganismos que vivem no subterrâneo da superfície marciana. Os cientistas estão coletando dados adicionais da Curiosity para confirmar as observações. A previsão de entrega de novos dados era no dia 24 de junho.
A detecção de quantidades “calculáveis” de metano é um dos principais pontos de exploração dos cientistas. Isso porque o cálculo da quantidade de metano pode indicar se foi produzido recentemente. O metano, quando é expelido, entra em decomposição na natureza em um curto período de tempo.
Contudo, os cientistas não descartam a possibilidade de que o gás tenha permanecido no interior do planeta por milhões de anos e ter sido expelido através de fendas agora. Na Terra, o metano também é produzido no gás natural e em minas de carvão.
“No estágio atual, não podemos julgar se o metano foi produzido por seres vivos.”, explica responsáveis da NASA.
Esta não é a primeira vez que cientistas encontram metano em Marte. Em 2003, a sonda europeia Mars Express foi a primeira a detectar metano. Contudo, esta foi a maior concentração encontrada dentre todas as explorações já feitas.
Yasuhito Sekine, professor de ciência planetária do Instituto de Tecnologia de Tóquio, comenta: “Mesmo que o metano encontrado não seja produzido diretamente por microrganismos, esta pode ser mais uma pista para a descoberta de vida (em Marte). As reações químicas entre a água e minerais depende da atividade vulcânica. Se essa fonte de energia existir, o gelo pode ter derretido e virado água, criando um ambiente propício para o nascimento de vida.”
Fonte: Techcrunch