A Venezuela foi atingida por um outro corte de energia massivo, com a capital Caracas dentre as áreas afetadas.
Acredita-se que pelo menos 18 dos 23 estados do país estejam no escuro.
A causa exata do corte continua incerta, mas com apagões anteriores, autoridades estão apontando o dedo para invasores hostis.
Uma declaração do governo venezuelano chamou o apagão de “ataque eletromagnético”, embora tenha parado brevemente de fornecer detalhes sobre quem pode estar por trás do alegado ataque ou como ele foi realizado.
A declaração enfatizou que as autoridades estavam trabalhando para restaurar os serviços de energia o mais rápido possível enquanto trabalham para lidar com o acesso à água potável, sistemas de transporte e necessidades em centros de saúde.
Em março a Venezuela foi atingida por uma série de cortes de energia, incluindo um que afetou todos os 23 estados e durou uma semana, levando a tumultos.
Um outro corte de energia em abril deixou amplas faixas do país no escuro. Entretanto, durou horas ao invés de dias.
Apagões esporádicos são comuns na Venezuela, onde a economia colapsou em meio a uma crise política.
Venezuela plunges into darkness again after another nationwide blackout. By some counts the lights are out in 19 of the country’s 23 states. These are the scenes in Caracas as night falls. pic.twitter.com/UFBVMzPhoA
— Cody Weddle (@coweddle) July 23, 2019
No passado, o presidente Nicolás Maduro e outros oficiais de estado culparam o “terrorismo” e sabotagem da oposição, geralmente alegando envolvimento dos EUA.
A oposição, enquanto isso, disse que os cortes de energia são resultado de anos de corrupção e subinvestimento.
A companhia de energia estatal do país, a Corpolec, relatou anteriormente que uma interrupção havia afetado somente partes de Caracas.
O que está acontecendo na Venezuela?
O líder da oposição Juan Guaidó e o presidente Maduro estão em discordância desde janeiro deste ano, quando o primeiro invocou a constituição e se autodeclarou presidente interino.
Guaidó debateu que as eleições as quais haviam colocado Maduro de volta ao poder para um segundo mandato em 2018 não haviam sido livres e justas.
Desde então, mais de 50 países, incluindo os EUA e a maioria das nações na América Latina, reconheceram Guaidó como o líder legítimo da Venezuela.
Enquanto isso, uma severa crise econômica se exacerbou e uma escassez de comida e medicamentos aumentou ainda mais. Os números das Nações Unidas sugerem que 4 milhões de pessoas fugiram do país desde 2015.
Conversas preliminares entre Guaidó e Maduro foram realizadas em Oslo no mês de maio, mas eles acabaram sem entrar em um acordo. Entretanto, eles retomaram no início deste mês, com o ministério relações exteriores norueguês atuando como mediador.
Fonte: BBC