Corações de porcos adaptados poderiam ser transplantados em pacientes dentro de 3 anos, de acordo com um relatório que cita o cirurgião pioneiro em transplante de coração no Reino Unido.
No 40º aniversário do primeiro transplante de coração bem-sucedido, Terence English disse ao Sunday Telegraph que seu mentorado daquela operação tentaria substituir um rim humano com o de um porco neste ano.
“Se o resultado do xenotransplante for satisfatório com rins suínos para humanos, então é provável que corações sejam usados com bons efeitos nos humanos dentro de alguns anos”, disse Terence, de 87 anos. “Se funciona com um rim, funcionará com um coração. Isso vai transformar a questão”.
A anatomia e psicologia de um coração de porco é similar àquelas de um humano, então elas são usadas como modelos para desenvolvimento de novos tratamentos. Esperanças para um tratamento de sucesso para ataque cardíaco foram levantadas em maio após uma terapia genética ter mostrado promessa nos porcos.
Uma equipe internacional de pesquisadores, incluindo cientistas do Reino Unido, descobriu que gerar uma pequena peça de material genético chamado microRNA-199 a um coração danificado por um ataque fez com que as células se regenerassem.
O enfarto do miocárdio, causado pelo bloqueio repentino de uma das artérias coronárias, é a principal razão para falha no coração. Sobreviventes normalmente ficam com danos estruturais permanentes em seus corações.
Cerca de 900.000 pessoas no Reino Unido vivem com a doença cardíaca, e milhões mais têm pressão alta, um outro fator de risco em ataques do coração.
“Um tratamento que ajuda o coração a se reparar sozinho após um ataque é o cálice sagrado para os cardiologistas”, disse o chefe de cardiologia da Fundação Britânica do Coração, Ajay Shah, ao i newspaper. “O estudo demonstra convincentemente pela primeira vez que isso pode realmente ser viável e não somente um sonho impossível”.
Durante a pesquisa, as descobertas as quais foram publicadas no jornal Nautre, cientistas geraram o microRNa-199 em porcos após um enfarte do miocárdio. Houve “recuperação quase completa” de função cardíaca após um mês.
Entretanto, obstáculos consideráveis permanecem antes da terapia genética poder ser testada em paciente humanos de ataques no coração. A maioria dos porcos morreu após o tratamento porque o microRNa-199 continuou a ser manifestado de uma maneira incontrolável.
Fonte: The Guardian