Tsunamis são eventos raros, mas podem ser extremamente mortais. Nos últimos 100 anos, 58 deles causaram a morte de mais de 260 mil pessoas, ou uma média de 4.600 por desastre, ultrapassando o número de qualquer outro risco natural.
O maior número de mortes no período foi no tsunami do Oceano Índico em dezembro de 2014. Ele causou cerca de 227 mil mortes em 14 países, com a Indonésia, Sri Lanka, Índia e Tailândia sendo os mais atingidos.
Somente três semanas depois disso a comunidade internacional se reuniu em Kobe (Hyogo). Governos adotaram a Hyogo Framewrok Action com duração de 10 anos, o primeiro acordo global abrangente sobre redução de risco de desastre.
Eles também criaram o Sistema de Mitigação e Alerta de Tsunami no Oceano Índico, o qual trabalha com contagens de estações de monitoramento sismográficas e do nível do mar e dissemina alertas para centros nacionais de informações sobre tsunamis.
A rápida urbanização e crescimento turístico em regiões propensas a tsunamis estão colocando as pessoas ainda mais sob perigo. Isso torna a diminução de risco um fator importante se a meta do mundo é alcançar reduções substanciais em mortes por desastres – uma meta primária do Sendai Framework, o acordo internacional de 15 anos adotado em março de 2015 para seguir o Hyogo Framework.
Em dezembro de 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou 5 de novembro como o Dia Mundial de Conscientização sobre Tsunami.
O Dia Mundial de Conscientização sobre Tsunami foi criação do Japão, o qual em razão de sua experiência repetida e amarga construiu ao longo dos anos grande expertise em áreas como alerta precoce, ação pública e melhor reconstrução para reduzir impactos futuros.
A data para a celebração anual foi escolhida em homenagem à história japonesa “Inamura-no-hi”, o que significa “queima dos arrozais”. Durante um terremoto em 1854 um agricultor viu a maré retrocedendo, um sinal de um tsunami iminente. Ele ateou fogo em sua plantação inteira para alertar os moradores do vilarejo que fugiram para terreno mais alto. Após isso, ele construiu um dique e plantou árvores para amortecer o impacto de ondas futuras.
A Assembleia Geral das Nações Unidas pede a todos os países, conselhos internacionais e sociedade civil que acompanhem o dia, a fim de aumentar a conscientização e compartilhar abordagens inovadoras para redução de risco.
Em 2019, o Dia de Conscientização sobre Tsunami promove a meta (d) da “Sendai Seven Campaign” que tem foco na redução de danos do desastre à infraestrutura fundamental e de serviços básicos.
Até o ano 2030, cerca de 50% da população mundial viverá em áreas costeiras expostas a inundações, tempestades e tsunamis.
Investir em infraestrutura resistente, sistemas de alerta precoce e educação é fundamental para salvar as pessoas e proteger seus patrimônios contra o risco de tsunami no futuro.
Fonte: un.org