A Agência Mundial Antidoping (WADA) concordou de forma unânime banir a Rússia de grandes competições internacionais de esportes – notavelmente as Olimpíadas de Tóquio e a Copa do Mundo – por 4 anos pelo incumprimento de regulamentos antidoping.
O comitê de revisão de cumprimento da WADA (CRC) havia sugerido várias sanções por causa da falha da Agência Antidopagem Russa (RUSADA) em cooperar integralmente durante avaliações no esporte russo.
O comitê executivo da WADA decidiu manter as recomendações em uma reunião em Lausanne, Suíça, realizada na segunda-feira (9).
A RUSADA tem 21 dias para aceitar a decisão ou enviar o assunto à Corte de Arbitragem para Esportes (CAS).
A mais recente proibição ainda deixa as portas abertas a atletas russos, que podem provar que não são manchados pelo escândalo, para competir como atletas neutros.
Por que a proibição?
Se sustentada, a decisão da WADA significa que a Rússia não poderá competir em eventos como as Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio em 2020, assim como as Olimpíadas de Inverno em Pequim de 2022. Ela também não poderá sediar quaisquer eventos de esportes.
“Por muito tempo, o doping russo se desviou do esporte limpo”, disse o presidente da WADA Craig Reedie em uma declaração.
A punição da WADA é relacionada a inconsistências em dados recuperados pela WADA em janeiro de 2019 do laboratório de Moscou no centro do relatório McLaren de 2016, que descobriu uma rede disseminada e sofisticada de doping nos esportes.
A RUSADA foi inicialmente considerada incompatível após a publicação do relatório McLaren em 2016.
Encomendado pela WADA, o relatório descobriu que o estado russo conspirou com atletas e oficiais de esportes para realizar um programa de doping que foi sem precedentes em sua escala e ambição.
As descobertas levaram a sanções, incluindo a ausência da equipe russa nos Jogos Olímpicos de Inverno em 2018 realizada em Pyeonchang, na Coreia do Sul, com certos atletas elegíveis sendo forçados a competir sob uma bandeira neutra.
Tanto o Comitê Olímpico Internacional e o Comitê Paralímpico Internacional disseram ao CNN que reconhecem e apoiam a decisão da WADA.
Fonte: CNN