Um dos estacionamentos do KIX (Yomiuri)
Os estacionamentos do Aeroporto Internacional de Osaka-KIX comporta, cerca de 5,8 mil veículos. Entre eles há alguns cobertos de poeira ao ponto de não permitir ver o interior e pneus murchos.
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Um desses é de um homem asiático, de 40 anos. Viveu por cerca de 2 anos em Osaka (província homônima) e em julho de 2014 deixou o país pelo KIX e não voltou mais. O montante da dívida pelo uso do estacionamento chega a 1,4 milhão de ienes. A gestão do KIX entrou com uma ação judicial contra ele.
Além desse caso há mais outros 17 cujos proprietários são chineses, sul-coreanos e brasileiros. A dívida de cada um está na faixa dos 500 mil a 2 milhões de ienes, o que somada chega a 20 milhões de ienes.
A gestão do KIX apurou os nomes e endereços através do certificado de shaken e entrou com ação judicial. Embora não tenham sido localizados o aeroporto teve ganho de causa e os proprietários passaram a ser réus.
Até 2016 o gerenciamento dos estacionamentos era realizado por uma outra empresa. Essa instalou uma auditoria em 2007 quando foram encontrados 61 carros abandonados, cuja dívida chegou a 30 milhões de ienes. A empresa recolheu e vendeu ou mandou para o desmanche para cobrir esses danos. Adotou a regra de vender ou descartar os automóveis com mais de 20 dias de abandono.
No entanto, quando a gestão passou para o KIX em 2016, considerando os riscos abandonou essa política. Preferiu tomar medidas legais após 90 dias de abandono.
Carros abandonados em outros aeroportos
Os outros grandes aeroportos do Japão enfrentam o mesmo problema do KIX.
O de Narita, em Chiba, coloca um adesivo informando sobre o assunto e se não tiver resposta em 90 dias manda para o descarte. Mas são poucos em relação ao de Kansai, com média de 3 a 5 por ano.
O Aeroporto Internacional de Chubu-Centrair, em Tokoname (Aichi) transfere os abandonados após 3 meses para um terreno vago na própria ilha sem entrar em contato com o proprietário. Atualmente há dezenas de carros armazenados por mais de 3 anos. O responsável declarou “os custos para o descarte são um gargalo e estamos considerando o que fazer”.
Outros aeroportos como os de Sendai, Fukuoka e Shizuoka amargam o mesmo problema, em menor escala. Esse último considera a possibilidade de passar a cobrar pelo uso das vagas. A gestão de Sendai vende ou manda para o descarte os que estão há mais de 30 dias, enquanto o de Fukuoka envia para o desmanche depois de um certo tempo.
Fonte: Yomiuri