Após fuga de Carlos Ghosn, Japão ordena procedimentos de imigração mais rigorosos

Essa foi a primeira resposta oficial do Japão após uma escapada surpreendente que transformou o executivo em um fugitivo internacional.

A Ministra da Justiça Masako Mori (NHK)

O Japão disse no domingo (5) que tornaria as medidas de imigração mais rigorosas após Carlos Ghosn, que foi solto sob fiança e estava aguardando julgamento, ter fugido do país.

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Essa foi a primeira resposta oficial do Japão após uma escapada surpreendente que transformou o executivo em um fugitivo internacional.

Ghosn revelou em 31 de dezembro que havia fugido para o Líbano, lar de sua infância, para escapar de um sistema de justiça “manipulado” no Japão. O ex-presidente do conselho da Nissan Motor e Renault foi preso em Tóquio em novembro de 2018 e enfrentou várias acusações de má conduta financeira, as quais ele nega.

A Ministra da Justiça, Masako Mori, disse que a partida “aparentemente ilegal” de Ghosn foi lastimável e acrescentou que não há registro do executivo saindo do país. Ela prometeu uma investigação meticulosa e disse que as autoridades emitiram um aviso internacional para sua prisão.

“Instrui a Agência de Serviços de Imigração que coordene com agências relacionadas para reforçar ainda mais os procedimentos de partida”, disse ela. A fiança de Ghosn foi revogada.

Separadamente, promotores emitiram uma declaração defendendo o sistema de justiça do Japão, dizendo que a partida de Ghosn ignorou o sistema de justiça e equivaleu a um crime.

Autoridades se mantiveram em silêncio por dias após os eventos da fuga de Ghosn, com todos os escritórios do governo e grande parte dos negócios fechados para o feriado de fim e início de ano.

Como tal, continua incerto o que o Japão pode fazer para trazê-lo de volta. O país tem acordos de extradição apenas com os EUA e a Coreia do Sul, o que significa que será difícil trazer Ghosn do Líbano.

Nesta semana, o Líbano disse que havia recebido um mandado de prisão para Ghosn da Interpol, o qual disse que ele entrou ilegalmente no país.

Um oficial sênior de segurança libanês disse que ainda não estava claro se Ghosn seria convocado para interrogatório por causa do mandado, mas acrescentou que o Líbano não extradita seus cidadãos.

Em 3 de janeiro, o Wall Street Journal divulgou que Ghosn fugiu do Japão a bordo de um jato particular, escondido em uma caixa preta grande tipicamente usada para transportar equipamento de áudio. Ele estava acompanhado por dois homens com nomes que correspondem àqueles de contratantes de segurança americanos, disse o jornal, citando pessoas familiares a uma investigação sobre a fuga.

Uma operadora turca de jato particular disse que duas de suas aeronaves foram usadas ilegalmente para transportar Ghosn, com um funcionário falsificando os registros de locação para excluir o nome do executivo.

De acordo com a companhia, a MNG Jet, ele voou de Osaka, no Japão, para Istambul, na Turquia, onde ele trocou de avião e seguiu para Beirute.

A Turquia disse que havia detido sete pessoas, incluindo cinco pilotos, como parte de uma investigação sobre a passagem de Ghosn por Istambul.

Promotores japoneses disseram que o sistema de justiça garante um julgamento rápido, aberto e justo a todos os réus. Eles acrescentaram que os mais de 100 dias de detenção de Ghosn foram justificados considerando que ele “tinha uma extensa rede doméstica e no exterior e que ele poderia enviar sua influência considerável para esconder evidência”.

Fonte: Asia Nikkei

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