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A morte do médico ocorre em meio a mais sinais de que o sistema de saúde na China tem estado sobrecarregado e que o surto está piorando.
Médico que tratava de pacientes infectados morreu vítima do coronavírus (NHK World)
Um médico que estava tratando pacientes infectados pelo coronavírus na cidade de Wuhan morreu vítima do vírus em meio a mais sinais de que o sistema de saúde tem estado sobrecarregado e que o surto está piorando.
O médico de 62 anos Liang Wudong morreu na manhã de sábado (25), informou a mídia estatal, e também foi relatado pelo site chinês Global Times que um outro médico o qual vinha tratando pacientes em Wuhan morreu de ataque cardíaco no fim do dia. Não ficou claro se Jiang Jijun, de 51, tinha contraído o vírus.
O governo chinês intensificou esforços para combater a crescente epidemia e enviou equipe médico extra com 1.200 pessoas a Wuhan, o epicentro do surto, para aliviar a carga sobre funcionários locais.
O Ministério da Saúde chinês também ordenou medidas nacionais para identificar e isolar imediatamente casos do vírus mortal em trens, aviões e ônibus, enquanto o número de mortos aumenta para 41 e o daquele de pessoas infectadas chega a quase 1.300.
Estações de inspeção serão instaladas e passageiros com pneumonia suspeita devem ser “transportados imediatamente” a um centro médico, disse a Comissão Nacional de Saúde em uma declaração.
O Dr. Liang trabalhava no Hospital Hubei Xinhua em Wuhan e foi a primeira fatalidade conhecida entre funcionários que estavam tratando pacientes na cidade, a qual está isolada junto com pelo menos uma dezena de outras no estado de Hubei.
Liang Wudong, a doctor at Hubei Xinhua Hospital who had been at the front line of the #CoronavirusOutbreak battle in Wuhan, dies from the virus at age 62. pic.twitter.com/W6RmzLnioS
— CGTN (@CGTNOfficial) January 25, 2020
A morte de Liang destacou a pressão enfrentada por pessoal médico no estado, enquanto a mídia social foi inundada com posts mostrando trabalhadores exaustos se esforçando para cooperar.
Uma foto circulando online mostrava um aviso em uma porta de vidro da entrada do hospital Wuhan Fourth que dizia: “Pessoal médico infectado. Todas as consultas canceladas”.
Outros posts falam de médicos e enfermeiros trabalhando sem se alimentar direito ou descansar, com vestimentas de proteção mal ventiladas. Outro post mostrava um esforço local de 4 mil motoristas voluntários que vinham ajudando a distribuir mantimentos pela cidade a hospitais e pessoal médico.
O surto afetou as celebrações de Ano Novo Lunar em Wuhan e em toda a China. Com restaurantes, supermercados e parques fechados, aglomerações públicas proibidas e operações de transporte público suspensas, muitas pessoas tiveram que ficar dentro de casa.
O vírus antes desconhecido causa preocupação pela sua similaridade com a SARS (síndrome respiratória severa aguda) a qual matou centenas de pessoas na China e Hong Kong em 2002 e 2003.
O surto do novo coronavírus, que está sendo referido como 2019n-CoV, surgiu no fim de dezembro em Wuhan, um centro industrial e de transporte de 11 milhões de pessoas, se espalhando para vários outros países.
Fonte: The Guardian
