Segundo matéria do Shizuoka Shimbun, datada de 21 deste mês, um dos efeitos do coronavírus para os trabalhadores haken brasileiros é a redução da jornada de trabalho, afetando o cotidiano. O motivo é o atraso no fornecimento de peças que vêm da China.
De acordo com um entrevistado, Masatoshi Eizuka, 57, de Hamamatsu, que trabalha como haken em uma indústria houve uma queda de 20 a 30% na produção. Com isso, contava com as horas extras para seu sustento. “Se continuar assim por longo tempo acho que é melhor voltar para o Brasil”, lamentou.
Mario Nakai, 55, também de Hamamatsu, igualmente trabalhador haken, contou “os meus amigos de outra província tiveram o trabalho cortado pela metade”. Embora a indústria onde trabalha não tenha sido afetada comentou sobre sua preocupação caso isso ocorra.
Nas últimas semanas o balcão de atendimento em português da Delegacia de Inspeção das Normas Trabalhistas têm recebido mais consultas sobre a não renovação de contrato de trabalho. “Não são em todos os casos, mas pela época supõe-se que seja por causa do novo coronavírus”.
Efeitos nas lojas e restaurantes brasileiros
O dono do supermercado Pronto, em Naka-ku, na cidade de Hamamatsu, disse que as mercadorias que vêm de navio cargueiro estão com atraso. Kenji Hikiji, 55 anos, o proprietário, contou com ar de preocupação “houve uma queda de clientes, espero que não entremos em uma recessão da classe do Lehman Shock”.
O Choupana teve sequência de cancelamentos em fevereiro e março. Além disso por temor de disseminação do vírus os clientes têm evitado o churrasco e buffet, embora a casa tenha tomado os devidos cuidados, colocando os pratos em recipientes de vidro e com tampa.
Fonte: Shizuoka Shimbun