O Japão iniciará um ensaio clínico de tratamento com plasma sanguíneo para pacientes de coronavírus já neste mês, juntando-se aos EUA, Canadá e China.
O tratamento envolve infundir plasma sanguíneo colhido daqueles que se recuperaram da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. Espera-se que tais infusões contenham anticorpos que combatam o vírus.
O plasma sanguíneo é um fluido amarelo-pálido transparente que forma cerca de 55% do sangue humano. Sua composição é em grande parte água, mas também contém vitaminas, sais e anticorpos – proteínas que conferem imunidade.
O uso de plasma como tratamento foi pioneiro no fim do século 19 por um bacteriologista japonês, Shibasaburo Kitasato, que juntamente com o cientista alemão Emil Von Behring descobriu que o tétano pode ser tratado com soro sanguíneo colhido de animais infectados.
Relatos da China indicam que pacientes com casos severos de Covid-19 se recuperaram após tratamento com plasma. A Food and Drug Administration dos EUA permitiu o uso desse método, enquanto um ensaio clínico teve início no Canadá.
No Japão, o Centro Nacional para Saúde Global e Medicina encabeçará o ensaio, o qual assume o risco de efeitos colaterais e infecções por outras doenças.
Dentre companhias japonesas, a Takeda Pharmaceutical está desenvolvendo um novo medicamento usando anticorpos de pacientes que se recuperaram da Covid-19.
Fonte: Asia Nikkei