‘Demissões acontecem mais rápidas do que em 2008’, aponta ONG de Nagoia

Uma ONG que dá suporte aos residentes estrangeiros continua distribuindo alimentos aos que enfrentam dificuldades por causa do desemprego.

Entrega de sacolas com produtos alimentícios e ovos (NHK)

A ONG Manabiya que atua principalmente no conjunto habitacional Kyuban ou Kyuban Danchi, em Minato-ku, Nagoia (Aichi), esteve presente no domingo (26), com mesas para distribuição dos alimentos como ovos e outros produtos. 

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Ela continua com essa atividade para dar suporte aos residentes estrangeiros, 30% dos moradores do conjunto habitacional. Com a disseminação do novo coronavírus quer evitar a infecção, por isso, ao invés de entregar as sacolas para as pessoas necessitadas dispôs os produtos alimentícios sobre a mesa para que pudessem levá-los.

Nesse domingo foram 60 pessoas de várias nacionalidades como brasileiros, filipinos e outros a comparecer para receber a ajuda.

“O trabalho foi reduzido à metade e estou com dificuldades para viver. Assim, não posso enviar dinheiro para minha família. Quero trabalhar”, disse uma estagiária técnica vietnamita.

Um brasileiro que mora em outro local foi até lá e relatou “fui demitido da indústria de autopeças e tenho que desocupar o alojamento da empresa. Estou muito preocupado porque não posso voltar ao Brasil e não estou conseguindo encontrar um novo emprego”.

Yuko Kawaguchi, fundadora da ONG Manabiya@Kyuban, disse: “comparando à crise de 2008 as demissões vêm ocorrendo mais rápidas. Não posso cozinhar e entregar as refeições aqui por causa da disseminação da infecção, mas gostaria enviar a mensagem de que se estiver em apuros alguém poderá ajudar”.

Estrangeiros com dificuldade levam sacola e pacote de ovos (NHK)

Fonte: NHK

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Queda súbita na produção gera demissões de estrangeiros em Nagano

Publicado em 27 de abril de 2020, em Sociedade

O jornal de Nagano, Shinmai, realizou uma pesquisa entre as empreiteiras locais e constatou-se que muitas demitiram trabalhadores estrangeiros.

Imagem ilustrativa de operador de máquina (Piqsels)

O Shinmai, jornal local da província de Nagano, publicou no domingo (26) o resultado de uma pesquisa conduzida por ela sobre o impacto da disseminação do novo coronavírus entre 20 empreiteiras da região de Kamiina.

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Das 20 empreiteiras 8 informaram que deram aviso prévio, conforme a lei, para 81 trabalhadores estrangeiros, entre eles brasileiros, chineses, filipinos, tailandeses, peruanos e outros. 

Entre as empresas há algumas que solicitaram subsídios para ajuste do emprego e à licença, além da sua própria dificuldade, devido à súbita queda de produção.

Uma delas que aloca mão de obra estrangeira em uma indústria de peças teve que demitir 12 por causa da paralisação da marca para onde fornecem a produção. Outra demitiu 42 trabalhadores por causa do atraso na exportação das peças para EUA e Europa.

Uma outra empreiteira informou que após o feriado de Golden Week há possibilidade de corte de 6 trabalhadores haken, porém poderá aumentar ainda mais.

Outras 6 informaram que não há previsão de demissões e 6 não deram resposta. 

O representante do escritório da Hello Work de Ina disse para a reportagem que ainda não tomou conhecimento dessas demissões e quer ouvir os trabalhadores. 

Lúcia Miki Koike, 50, de Ina, que dá suporte aos estrangeiros na região de Kamiina disse para o jornal que o impacto do novo coronavírus poderá ser maior do que a crise de 2008. 

“O governo precisa orientar os estrangeiros com idioma japonês facilitado”, apontou, porque nesses 12 anos aumentou o número de nacionalidades diferentes.

“Nesse período de emergência está em teste se os direitos humanos das minorias serão respeitados”, disse ela. 

Fonte: Shinmai

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