O novo coronavírus que está assolando o globo não será erradicado e ao invés disso retornará como vírus sazonal tal qual a influenza, de acordo com cientistas chineses.
Um grupo chinês de pesquisadores virais e médicos disse aos repórteres em Pequim na segunda-feira (27) que o vírus provavelmente não desaparecerá como a SARS (síndrome respiratória aguda grave) porque ele pode infectar portadores assintomáticos.
Isso significa que as pessoas podem espalhar o vírus sem ter sintomas como febre e tosse, dificultando rastrear sua propagação.
Os pesquisadores acrescentaram que oficiais da saúde chineses ainda estão confirmando dezenas de portadores assintomáticos diariamente.
Jin Qi, diretor do Instituto de Biologia Patogênica na Academia Chinesa de Ciências Médicas, disse: “Isso muito provavelmente será uma epidemia que coexiste com humanos por um longo tempo, se torna sazonal e é sustentada dentro dos corpos humanos”.
Médicos em todo o mundo admitiram que é improvável que o vírus seja eliminado completamente, apesar de lockdowns e outras medidas rigorosas sendo aplicadas em várias nações.
De acordo com o Bloomberg, pesquisadores chineses também revelaram que eles não viram qualquer evidência de que a propagação do vírus diminuirá durante o verão.
Havia certa esperança de que temperaturas mais altas poderiam ajudar a diminuir a propagação do vírus no hemisfério norte.
Entretanto, Wang Guiqiang, chefe do departamento de doenças infecciosas do Primeiro Hospital da Universidade Peking, disse: “O vírus é sensível ao calor, mas isso quando ele é exposto a 56ºCelsius por 30 minutos e o clima nunca vai chegar a isso”.
“Então globalmente, mesmo durante o verão, a chance dos casos diminuírem de forma significativa é pequena”.
Na semana passada, Bill Bryan do Departamento de Segurança da Pátria apresentou um relatório o qual diz que a luz do sol pode matar o coronavírus em superfícies dentro de minutos.
Ele sugeriu que a radiação liberada por raios UV podem danificar o material genético do vírus e impedir sua habilidade de se replicar em superfícies. Não há evidência de que raios UV podem matar o coronavírus no corpo.
O relatório de Bryan causou um acesso bizarro por Donald Trump que propôs dois novos tratamentos perigosos, os quais incluíram injetar produtos de limpeza no corpo e o uso de luzes ultravioleta.
Principais cientistas depreciaram o uso de raios UV como terapia, e imploraram às pessoas que não se exponham à radiação perigosa, causa comprovada de câncer de pele.
Fonte: Mail Online