Furacões, tufões e ciclones estão ficando mais fortes, de acordo com novo estudo 

O aquecimento global está fazendo com que furacões, tufões e ciclones fiquem mais fortes. Cientistas estudaram 40 anos de imagens de satélite para chegar a essas conclusões.

Furacão Dorian no pico da intensidade em 1º de setembro de 2019 (Wikimedia/NOAA)

O aquecimento global causado pelos humanos intensificou as velocidades de ventos dos furacões, tufões e ciclones em todo o globo, de acordo com um novo estudo divulgado na segunda-feira (18).

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Essas tempestades, coletivamente chamadas de ciclones tropicais, são algumas das mais poderosas e destrutivas da natureza. O Furacão Dorian categoria 5, por exemplo, causou destruição em partes das Bahamas no ano passado, com ventos de 297Km/h.

Cientistas estudaram 40 anos de imagens de satélite para chegar a essas conclusões.

“Nossos resultados mostram que essas tempestades se tornaram mais fortes em níveis globais e regionais, o que é consistente com expectativas de como furacões respondem a um mundo em aquecimento”, disse o autor líder do estudo James Kossin da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional – NOAA.

O aquecimento global, também conhecido como mudança climática, é causado pela queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás, os quais liberam gases de efeito estufa como dióxido de carbono na atmosfera da Terra.

Isso fez com que o planeta ficasse mais quente a níveis que não podem ser explicados por fatores naturais.

O estudo foi liderado por cientistas da NOAA e da Universidade de Winsconsin e publicado no jornal peer-reviewed (revisto em pares) Proceedings da Academia Nacional de Ciências.

Kerry Emanuel, especialista em furacões no Instituto de Massachusetts de Tecnologia que não estava envolvido no estudo, disse que as descobertas estavam “muito em linha com o que era esperado”, de acordo com o jornal New York Times.

Cientistas disseram que as chances de furacões se tornarem categoria 3 ou superior aumentaram em cada uma das 4 décadas passadas. A maioria das mortes e destruição em decorrência de furacões vem de tempestades categoria 3 ou acima, que são conhecidas como “grandes” furacões.

“A mudança é de cerca de 8% por década”, disse Kossin ao CNN.

“Em outras palavras, durante sua vida, um furacão tem 8% de probabilidade de ser um grande furacão nessa década se comparado à última”.

O estudo observou somente a velocidade os ventos dos furacões, não suas precipitações ou marés de tempestade, disse Kossin.

A pesquisa se constrói no trabalho anterior de Kossin, publicado em 2013, o qual identificou tendências em intensificação de furacão por um conjunto de dados de 28 anos. Entretanto, diz Kossin, o intervalo de tempo foi menos conclusivo e exigiu mais estudos de caso de furacões para demonstrar resultados estatisticamente significativos.

“O estudo concorda com o que esperaríamos ver em um clima quente como o nosso”, disse Kossin. “É um importante passo e aumenta nossa determinação de que o aquecimento global deixa os furacões mais fortes”.

A NOAA divulgará sua previsão para a temporada de furacões na quinta-feira (21).

Fonte: USA Today

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Até que ponto as máscaras protegem? Saiba como potencializar a proteção

Publicado em 19 de maio de 2020, em Saúde, Bem-Estar e Cotidiano

Em tempo de pandemia o uso de máscaras mais outras ações diárias ajudam a população se proteger contra o novo coronavírus. Veja como potencializar!

Máscaras de tecido de algodão (PM)

Até que sejam desenvolvidas e distribuídas as vacinas em larga escala, que podem demorar de 1 a 2 anos, conforme indicam especialistas, o que se pode fazer durante a pandemia é se proteger da melhor forma possível da infecção pelo novo coronavírus. 

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Uma das formas é cuidar do sistema imunológico do corpo, já amplamente divulgada. Qualidade de sono, de alimentação nutritiva e exercício diário são essenciais. Além disso, os cuidados com a higiene como lavar as mãos com frequência, levando de 20 a 30 segundos, com espuma e cuidadosamente. Outra é manter o distanciamento, preferencialmente de 2 metros e uso de máscara. 

Máscara é eficiente?

Takaaki Nakaya, professor da Universidade de Medicina da Prefeitura de Quioto, especialista em virologia, explica. “O novo coronavírus infecta através das partículas de saliva. Ele tem um diâmetro de 5 micrômetros ou menos. Se a pessoa infectada usa a máscara medicinal pode impedir que o vírus se dissemine, até certo ponto. Não existem dados claros sobre as máscaras de tecido, mas pode-se dizer que elas têm um certo efeito na prevenção da propagação da infecção”, apontou.

as máscaras são mais eficazes na prevenção da propagação do novo coronavírus em comparação à gripe

No caso do novo coronavírus, há muitos casos de pessoas assintomáticas e se usam máscara podem ajudar a não disseminar a infecção. Além disso, foi relatado recentemente que as máscaras são mais eficazes na prevenção da propagação do novo coronavírus em comparação à gripe, mas deve-cuidar com o excesso de confiança, porque não há evidências definitivas de que as máscaras possam prevenir a infecção. No entanto, é melhor usá-la.

O virologista alerta para a combinação eficiente do uso da máscara, higienização correta das mãos e distância de 2 metros do interlocutor. Frisa esse distanciamento porque recentemente soube-se que há aumento do risco de infecção quando se tem contato próximo, a menos de 1 metro, por mais de 5 minutos

Uso de máscara reduz o risco em 50%

Máscara cirúrgica (Pixabay)

Na segunda-feira (18) a Universidade de Hong Kong divulgou o resultado de um experimento realizado com hamsters. Os pesquisadores chegaram à conclusão que se reduz em 50% o risco de contágio usando máscara. 

Segundo relatos, uma gaiola contendo hamsters infectados pelo novo coronavírus foi colocada ao lado de uma outra com hamsters saudáveis.

Usaram ventilador para soprar o ar dos infectados para os saudáveis. Dentro de 7 dias 67% dos saudáveis se infectaram. 

Por outro lado, colocaram uma outra gaiola com hamster saudáveis, só que envolta com máscaras cirúrgicas. No mesmo período o índice de infectados foi de 33%, portanto a metade. 

Assim, o experimento mostrou que as máscaras ajudam 50% na prevenção.

Como potencializar a proteção das máscaras de tecido

Máscara de tecido de algodão (PM)

Durante a Segunda Guerra Mundial um determinado produto desapareceu das prateleiras nos Estados Unidos. Foi usado amplamente para pára-quedas, coletes à prova de bala e tanques de combustível de aeronaves. Agora, novas pesquisas sugerem que esse produto sintético, mais uma vez, pode desempenhar um papel crítico em uma batalha contra o inimigo invisível. 

Loretta Fernandez, professora assistente da Northeastern University, dos EUA, conduziu uma pesquisa e chegou à conclusão da efetividade desse produto.

Ela explica que o produto melhorou o desempenho de todas as máscaras, com bons resultados, inclusive do tipo cirúrgica da 3M. 

Os 75% de bloqueio da máscara cirúrgica tiveram um aumento para até 90% com esse produto por cima, cobrindo-a. 

O resultado da pesquisa foi publicado nas páginas web da medRxiv e da universidade. Logo chamou à atenção de outros colegas das universidades do mundo, como disse Ben Cowling, professor de epidemiologia de doenças infecciosas da Universidade de Hong Kong: “acho que é realmente um estudo muito importante”. Ele estuda a eficácia das máscaras faciais e afirmou que contribuiu para melhorá-las e atualizá-las para se tornarem melhores. 

O que a professora Loretta sugere é bem simples e pode ser feito em casa, bem barato. 

Produto acessível, até no ¥100 shop

Professora Loretta mostra como usar (NPR)

Basta pegar uma meia de nylon, do tipo que vai até o joelho, e medir de 20 a 25 centímetros e fazer um corte. Pega-se essa meia e veste o rosto, cobrindo-o com a máscara caseira, de tecido comum.

A professora explica que a máscara de tecido bloqueia cerca de 30% das partículas. Mas ao adicionar a meia de nylon ganha-se um aumento da performance, de 15% to 50%. 

Então, que tal passar a tesoura nas meias finas? 

Assista ao vídeo explicativo (em inglês) e veja como fazer isso para aumentar sua proteção.

Fontes: Kyoto Shimbun, Chunichi, Finders e NPR 

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