Cinco pessoas, incluindo uma adolescente de 15 anos, morreram em decorrência do ebola em um novo surto do vírus na República Democrática do Congo (RDC), disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância. Nove casos no total foram reportados, segundo a UNICEF.
“Quatro casos adicionais de pessoas que contraíram o vírus – todos contatos dos que morreram, incluindo filho de um dos casos fatais – estão sendo tratados em uma unidade de isolamento no Hospital Wangata em Mbandaka”, disse a UNICEF em uma declaração.
“As mortes ocorreram entre os dias 18 e 30 de maio, mas só foram confirmadas como relacionadas ao ebola na segunda-feira (1º).
Mais cedo na segunda-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde – OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, postou no Twitter que seis casos haviam sido reportados em Mbadaka, na província Équateur no noroeste do país.
Esse é o 11º surto do vírus potencialmente letal, que é transmitido por fluidos corporais e tem uma taxa de mortalidade entre 25% e 90%, dependendo do surto.
A new #Ebola outbreak detected in western #DRC, near Mbandaka, Équateur province. @MinSanteRDC has identified 6 cases, of which 4 people have died. The country is also in final phase of battling Ebola in eastern DRC, #COVID19 & the world’s largest measles outbreak.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) June 1, 2020
“O anúncio ocorre quando um longo, difícil e complexo surto de ebola no leste da República Democrática do Congo está em sua fase final, enquanto o país também luta contra a Covid-19 e o maior surto de sarampo do mundo”, disse a OMS em uma declaração. O país no centro da África reportou 3.195 casos de coronavírus e 72 mortes. De longe, a pior epidemia afetando a RDC é a de sarampo, que infectou cerca de 370 mil pessoas e causou a morte de 6.779 desde 2019.
O hospedeiro do vírus ebola é o morcego, e a OMS diz que surtos podem ser esperados na RDC.
De longe, a pior epidemia de ebola foi em 2014-2016 na Libéria, Serra Leoa e Guiné, países no oeste africano. Mais de 28 mil pessoas foram infectadas nessa epidemia e mais de 11 mil delas morreram.
Fonte: CNN