A companhia farmacêutica Shinogi assinará um acordo de licença neste mês destinado a produzir em massa um proposto teste de coronavírus que fornece resultados mais rápidos sem precisar de equipamento especial ou técnicos.
O teste foi desenvolvido pelo professor da Universidade Nihon, Masayasu Kuwahara, e sua equipe. Se provar ser eficaz, a Shinogi buscará aprovação do Ministério da Saúde do Japão, esperando comercializar o teste neste outono.
Quando o Japão relaxar as restrições de viagem neste verão, o país exigirá que todas as chegadas internacionais sejam submetidas a um teste PCR. Mas o diagnóstico desse teste pode levar de 3 a 4 horas e exige equipamento especial e funcionários especializados.
O governo busca uma alternativa mais rápida que pode ser conduzida em volumes maiores para evitar congestionamentos de viagem. Um teste rápido e fácil também poderia ajudar o Japão a lidar melhor com uma segunda de infecções, que pode acompanhar a retomada de atividades econômicas.
O novo teste usa amostras de saliva aquecidas a 95ºC por 2 minutos, então colocadas em um reagente que muda de cor dependendo dos resultados em 20 a 25 minutos. Ele é baseado no sinal de amplificação por complexos ternários de iniciação, ou SATIC, método descoberto pela equipe de Kuwahara.
O teste é bem mais rápido e não necessita de equipamento especializado porque não exige amplificação do material genético como o teste PCR, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
Pesquisa sobre esse método vem sendo financiada pela Agência do Japão para Pesquisa Médica e Desenvolvimento e outras organizações. A Universidade Nihon e a Universidade Médica de Tóquio solicitaram juntamente uma patente em maio.
O Japão tem capacidade para até 28 mil testes PCR por dia, embora menos de 10 mil sejam conduzidos. Tais limites significam que somente cerca de 250 viajantes estrangeiros devem ter permissão para entrar no país diariamente uma vez que o país relaxar as restrições de viagem.
Fonte: Asia Nikkei