Atendente de máscara e luva em loja na cidade de Lutsk, na Ucrânia (PM)
A Europa tem visto um aumento em casos semanais de Covid-19 pela primeira vez em meses, visto que restrições diminuiram, disse a Organização Mundial da Saúde – OMS.
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Em 11 lugares, os quais incluem Armênia, Suécia, Moldávia e Macedônia do Norte, a transmissão acelerada levou a um “ressurgimento muito significativo”, disse o diretor regional Hans Henri Luge.
Seus alertas sobre o risco de ressurgimento haviam se tornado realidade, disse ele.
Se deixar sem controle, ele alertou que sistemas de saúde seriam “empurrados para a beira do desastre”.
Mais de 2,6 milhões de casos de Covid-19 e 195 mil mortes foram registrados na região europeia da OMS, que é ampla, cobrindo 54 países e 7 territórios em toda a Europa, Oriente Médio e Ásia Central.
Quase 20 mil novos casos e mais de 700 mortes estão sendo registrados diariamente.
“Por semanas, tenho falado sobre os riscos de ressurgimentos enquanto países ajustam medidas”, disse Kluge em uma coletiva de imprensa virtual na quinta-feira (25).
“Em vários países por toda a Europa, o risco agora se tornou realidade – 30 países têm visto aumentos em novos casos cumulativos ao longo das últimas semanas.
“Em 11 desses países, a transmissão acelerada levou a um ressurgimento muito significativo que se deixado fora de controle colocará sistemas de saúde à beira do desastre mais uma vez”.
Os 11 países e territórios foram depois identificados pela OMS como Armênia, Suécia, Moldávia, Macedônia do Norte, Azerbaijão, Cazaquistão, Albânia, Bósnia-Herzegovina, Quirguistão, Ucrânia e Kosovo.
Kluge disse que países como Polônia, Alemanha, Espanha e Israel haviam respondido rapidamente a surtos perigosos associados a escolas, minas de carvão e locais de produção de comida, e os trouxe sob controle através de rápidas intervenções.
Verão e outono
Apesar de alertar sobre os ressurgimentos, ele disse que a OMS antecipou que a situação se acalmaria na maioria dos países ao longo do verão.
“Mas temos de fato que nos preparar para o outono, quando a Covid-19 pode se deparar com a influenza sazonal, pneumonia e outras doenças também, porque o vírus ainda está circulando ativamente em nossas comunidades e ainda não há tratamento eficaz, nem vacina”.
Em um andamento separado na quinta-feira, Alemanha e França prometeram suporte à OMS após conversas com seu diretor-geral Tedros Adhanom Gebreyesus, em Genebra, na Suíça.
O ministro da saúde alemão Jens Spahn disse que seu país planejou oferecer mais de €500 milhões em dinheiro e equipamento para a agência neste ano.
Ele enfatizou que a pandemia global precisava de uma resposta mundial coordenada, acrescentando: “Repostas nacionais isoladas a problemas internacionais são fadadas a falhar”.
O ministro da saúde francês, Olivier Veran, prometeu €50 milhões em fundos diretos para a OMS e outros €90 milhões para seu centro de pesquisa em Lyon.
“Eu realmente acredito que o mundo precisa, mais do que nunca, de uma organização multilateral. Acredito que o mundo não pode se desfazer de parceiros”, disse ele.
Líderes europeus têm estado dispostos a mostrar apoio público à OMS após os EUA a terem chamado de “fantoche da China” e dito que cortariam fundos e sairiam da organização.
Fonte: BBC