De acordo com o resultado sobre a pesquisa mensal realizada em maio e divulgada na terça-feira (7) pelo MHLW-Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, a média de pagamento das horas extras no Japão foi de 14.061 ienes, o que mostra redução de 25,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A taxa de declínio piorou desde abril, a mais alta desde janeiro de 2013.
Embora não seja possível fazer uma comparação simples devido a uma mudança no método de pesquisa, a maior redução antes de janeiro de 2013 foi de 22,7% em março de 2009, logo após a crise chamada de Lehman Shock.
Pode-se dizer que é uma queda recorde.
As empresas estão reduzindo horas extras devido à disseminação do novo coronavírus. Existe uma clara tendência a reduzir o horário de trabalho e, consequentemente, os salários.
Queda drástica da carga horária diária
A média de horas trabalhadas, incluindo as extras, foi de 7,3 por trabalhador, com redução de 30%. As horas de trabalho programadas também foram reduzidas em 7,4% e o total de horas trabalhadas no mês, em média, foi de 122,3 horas, uma queda de 9%.
O que mais impactou nessa média foi a redução drástica na carga horária regular dos salões de beleza, cinemas e outros serviços, com média de 3 horas diárias de expediente.
Se o salário total de um assalariado foi em média de 269.341 ienes, com queda de 2,1%, o de arubaito ou part timer foi de 92.929 ienes, com queda de 4,1%.
Mais de 4 milhões de trabalhadores afetados
Com a queda do consumo as empresas do varejo, bares e restaurantes foram afetados. Em maio, o número de trabalhadores que foram afastados, incluindo os de hospedagem e restaurantes, chegou a 4,23 milhões.
Se o desempenho dos negócios das empresas continuar a deteriorar por um longo período de tempo, não apenas os salários dos trabalhadores caem, mas também há a preocupação de que as demissões e a suspensão do emprego se espalhem ao mesmo tempo.
As empresas têm feito esforço para manterem seu quadro de funcionários, mesmo que tenham reduzido as horas extras e até a carga horária regular. Muitas continuam com o home office e há uma tendência de que esse estilo continue mesmo após a pandemia.
No próximo mês a pesquisa salarial de junho deverá mostrar também quanto foi a média do bônus, o qual deve ter tido uma pequena queda.
Fontes: ANN, NHK e Nikkei