As companhias de biotecnologia Moderna e Pfizer disseram na segunda-feira (27) que iniciaram fases finais de testes clínicos de potenciais vacinas contra coronavírus, cada um envolvendo 30 mil participantes.
Os anúncios ocorrem enquanto a administração do presidente dos EUA Donald Trump está investindo pesado em esforços para entregar milhões de doses de uma vacina contra o vírus altamente contagioso até janeiro do próximo ano, sob o que ele chama de “Operação Warp Speed”.
A Moderna divulgou no início deste mês em um jornal médico nos EUA que uma vacina experimental provou ser segura e provocou respostas imunológicas em todos os 45 participantes em um teste de fase inicial sem quaisquer efeitos colaterais observados.
Envolvendo 30 mil voluntários com idade igual ou superior a 18 anos nos EUA, o teste de estágio final da Moderna é destinado a avaliar a segurança da vacina e determinar se ela pode prevenir Covid-19 sintomática, a doença causada pelo novo coronavírus, após duas doses administradas em um espaço de tempo de aproximadamente 28 dias.
Há planos de entregar cerca de 500 milhões de doses por ano, e possivelmente até 1 bilhão de doses, com início em 2021, de acordo com a companhia.
A Moderna disse no domingo (26) que receberá um adicional de US$472 milhões do governo dos EUA em suporte para o programa de desenvolvimento de sua vacina, levando a quantia total concedida à companhia pela Biomedical Advanced Research and Development Authority para cerca de US$955 milhões.
A Pfizer, enquanto isso, disse que está conduzindo um ensaio clínico de estágio final de uma possível vacina desenvolvida junto com a empresa de biotecnologia alemã BioNtech SE.
O estudo começou nos EUA e deve incluir aproximadamente 120 locais de investigação clínica em todo o mundo, como Argentina, Brasil e Alemanha, disse a Pfizer em um comunicado de imprensa.
Se o ensaio tiver êxito e autorização regulatória ou aprovação for obtida, a Pfizer e a BioNTech visam fornecer até 100 milhões de doses globalmente até o fim de 2020 e aproximadamente 1,3 bilhão até o término de 2021.
O governo dos EUA disse que concedeu US$265 milhões para expandir a capacidade de produção para vacinas contra Covid-19 que envolve a subsidiária onde Trump fez um tour na segunda-feira, a Fujifilm Diosynth Biotechnologies.
Fonte: Kyodo News and Culture