Hassan Diab, primeio-ministro do Líbano, anuncia renúncia do governo (NHK)
O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, anunciou a renúncia de seu governo na segunda-feira (10), dizendo que a explosão que devastou Beirute e causou fúria pública foi resultado de corrupção endêmica.
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A explosão de 4 de agosto em um depósito portuário, a qual as autoridades dizem ter sido mais de 2 mil toneladas de nitrato de amônio, causou a morte de pelo menos 163 pessoas, deixando mais de 6 mil feridas e destruiu amplas faixas da capital mediterrânea, agravando meses de colapso político e econômico.
O presidente Michel Aoun aceitou a renúncia e pediu ao governo de Diab – formado em janeiro com o apoio do poderoso grupo Hezbollah do Irã e seus aliados – a ficarem temporariamente até que um novo gabinete seja formado, de acordo com uma reportagem na TV.
O depósito no porto que sofreu megaexplosão (NHK)
Para muitos cidadãos libaneses comuns, a explosão foi a última palha em uma crise prolongada do colapso da economia, corrupção, governo desperdiçado e disfuncional, e eles tomaram as ruas exigindo mudança radical.
“O regime todo precisa mudar. Não fará diferença se houver um novo governo”, disse Joe Haddad, engenheiro em Beirute, à Reuters. “Precisamos de eleições rápidas”.
O sistema do governo exige que Aoun se consulte com blocos parlamentares sobre quem deveria ser o próximo primeiro-ministro, e ele é obrigado a designar o candidato com o maior nível de suporte entre parlamentares.
Fonte: CNBC