Terminal 2 do Aeroporto de Narita em Chiba, antes da crise do coronavírus, em 2016 (banco de imagens PM)
Cenas de passageiros tensos tendo suas temperaturas corporais medidas devem se tornar mais comuns enquanto o Japão busca retomar suas viagens internacionais de negócios.
Publicidade
O Aeroporto de Narita, um dos principais centros de viagem para a área de Tóquio, já começou a fazer mudanças a fim de manter viajantes e funcionários seguros na era coronavírus.
Tem sido procedimento padrão para chegadas internacionais em Narita passarem por verificação termal a fim de detectar doença em potencial.
Mas o aeroporto passou a exigir verificações similares de passageiros domésticos em maio para evitar que eles espalhem o coronavírus durante seus voos.
Aqueles com temperatura corporal igual ou superior a 37,5ºC aparecem em rosa nas câmeras termais, e poderão ter embarque negado dependendo de qual companhia aérea estejam voando.
Um anúncio pedindo aos passageiros que mantenham distância de outros é transmitido repetidamente pelo terminal em japonês, inglês, chinês e coreano.
O tráfego no terminal 3, que atende em sua maioria LCCs, se recuperou de certa forma do auge do surto.
Contudo, o terminal 2, que serve principalmente voos internacionais, ainda está amplamente vazio. Funcionários nos balcões usando máscaras e escudos faciais parecem ter pouco o que fazer. E quando eles têm algum cliente para atender, máscaras e barreiras de acrílico tornam a comunicação mais difícil do que seria normalmente.
Também é mais improvável que viajantes estrangeiros usem máscaras em relação aos japoneses. “Temos um pouco mais de cuidado quando lidamos com passageiros estrangeiros”, disse um funcionário.
Alguns assentos dentro do terminal foram bloqueados para garantir o distanciamento social. O site do aeroporto e contas de mídia social destacam instruções para minimizar os riscos de infecção.
Em preparação para uma recuperação nas viagens, o Aeroporto de Narita planeja oferecer self check-in a mais passageiros, e estabelecer um sistema que mostra o quão aglomerados estão diferentes pontos de verificação e filas. A meta é reduzir o contato próximo entre passageiros e com funcionários do aeroporto.
Os terminais 1 e 2 também estão conduzindo testes de antígenos que usam saliva e podem render resultados em cerca de 1 hora, comparado a cerca de 6 para os de reação em cadeia da polimerase (PCR).
O coronavírus “é o pior cenário possível” para a indústria da aviação, disse Akihiko Tamura, chefe da companhia operadora do Aeroporto de Narita. Resta ver o quão bem o portal de entrada lida com o novo normal uma vez que as viagens começarem a reganhar vapor integralmente.
Fonte: Asia Nkkei