Mais de 60% da Ásia ainda está fechada para turistas

O número ficou bem à frente dos 17% destinos europeus que ainda estão fora dos limites.

Restaurante Grotto na praia Railay, Krabi, Tailândia (banco de imagens PM)

Países asiáticos foram um dos mais agressivos em fechar suas fronteiras para combater a Covid-19 e estão entre os mais demorados para reabrir aos turistas, mostram dados recentemente compilados, revelando a pressão prolongada sobre economias que dependem pesadamente de visitantes internacionais.

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Desde 1º de setembro, 28 países ou territórios na região Ásia-Pacífico – 61% – continuaram completamente fechados a turistas estrangeiros, de acordo com a Organização Mundial de Turismo, uma agência das Nações Unidas.

O número ficou bem à frente dos 17% destinos europeus que ainda estão fora dos limites, e excedeu os 41% para as Américas e 51% para a África.

Globalmente, 43% de 215 destinos pesquisados estavam mantendo suas fronteiras fechadas aos turistas.

“A Ásia e destinos no Pacífico estão levando mais tempo para abrandar restrições”, apontou a agência em um relatório emitido no início deste mês. “Isso é de particular interesse, visto que os destinos na Ásia e no Pacífico estavam entre os primeiros que introduziram restrições de viagem bem no início do surto do vírus”.

Dos 27 destinos que fecharam completamente por mais de 30 semanas, 19 estão na região Asia-Pacífico, citou.

Muitos países europeus retomaram turismo intrarregional internacional em torno de junho, antes de permitir gradualmente a entrada de viajantes de países não europeus.

Visto que países europeus na zona Schengen têm fronteiras abertas em épocas normais, a restauração de viagens pode ser mais simples do que em outros lugares.

Enquanto isso, países asiáticos que continuam completamente fechados incluem principais mercados que estão reportando número de infecções diárias relativamente baixo – China, Tailândia, Malásia e Vietnã.

Tailândia

A Tailândia, que atraiu cerca de 40 milhões de visitantes no ano passado e onde o turismo contribui cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), está buscando reabrir a ilha popular de Phuket a um número limitado de turistas já no próximo mês.

Mas após o país ter quebrado um período de 100 dias sem transmissões locais de Covid-19, a reabertura se mantém incerta.

Vietnã

Na semana passada, o Vietnã começou a restaurar conexões de voos internacionais limitados na Ásia – começando com Japão, Coreia do Sul, Taiwan e China – mas somente para cidadãos vietnamitas, diplomatas, empresários, estudantes e outros passageiros selecionados.

Agentes de viagem local disseram que é improvável que turistas tenham permissão até dezembro, enquanto analistas disseram que Hanói será muito cuidadosa sobre a reabertura após o surto que afetou Danang em julho.

Malásia

A Malásia, um dos primeiros países a fechar suas fronteiras, pode mantê-las inacessíveis a viajantes internacionais até o segundo trimestre do próximo ano, disse a ministra do turismo Nancy Shukri ao Asia Nikkei no mês passado.

Viagens nacionais para preencher o vazio

Em alguns casos, governos podem estar contando com viajantes nacionais para preencher o vazio, reduzindo a urgência em reabrir.

Vários países “preferem por enquanto focar em turismo nacional e viagem aérea doméstica, a qual se recuperou razoavelmente bem”, disse Brendan Sobie, analista de aviação independente.

Sobie também sugeriu que os clusters de Covid-19 ou segundas ondas em alguns países podem fazê-los pensar duas vezes antes de expor suas populações ao tráfego turístico.

Países com taxas de infecções mais altas – como a Índia, Indonésia e Filipinas – enfrentam maiores obstáculos para reabrir.

A Indonésia, que continua registrando mais de 3 mil casos diários, adiou planos de receber de volta turistas internacionais a Bali em 11 de setembro.

Maldivas, único na região Ásia-Pacífico que encarou uma reabertura

Pelo menos um país na região Ásia-Pacífico que encarou uma reabertura – as Maldivas – foi forçado a endurecer suas regras.

O arquipélago no Oceano Índico permitiu a entrada de turistas internacionais em 15 de julho. Neste mês, após um aumento nos casos, o país emitiu uma instrução para que todos os viajantes de entrada apresentem documentos os quais confirmem que eles têm um teste PCR com resultado negativo.

De qualquer forma, somente cerca de 5,2 mil visitantes entraram nas Maldivas desde meados de julho, de acordo com reportagens locais – uma mínima fração das cerca de 1,5 milhão de chegadas internacionais anuais vistas nos últimos tempos.

Turismo pode levar a ressurgimento do coronavírus

Uma das maiores preocupações é que mesmo onde as taxas de infecção são baixas, o turismo poderia levar a um ressurgimento do coronavírus que sobrecarregaria sistemas e saúde mais fracos.

Em seu relatório, a agência das Nações Unidas enfatizou “a importância de estrutura de saúde e higiene para o abrandamento das restrições de viagem”, citando que a maioria dos destinos que já haviam relaxado suas regras tinha altos padrões de saúde.

Governos continuarão a enfrentar o dilema entre necessidades econômicas e preocupações com a segurança para o futuro previsível e a abertura de fronteiras não é cura para a indústria.

Coreia do Sul nunca impôs proibição total sobre viajantes

A Coreia do Sul nunca impôs uma proibição total sobre turistas, optando em abril por simplesmente insistir que os visitantes ficassem em quarentena por duas semanas. Mas o número de chegadas ainda estava reduzido em 95,8% no ano em julho, de acordo com a Organização de Turismo da Coreia.

Organização Mundial do Turismo disse que é possível reiniciar as viagens de lazer

As próprias preocupações dos viajantes com o vírus, restrições nos países de partida, incerteza sobre várias regras e o fardo de quarentena são todos barreiras.

Entretanto, a Organização Mundial do Turismo disse que é possível reiniciar as viagens de lazer, pedindo aos governos que estabeleçam as proteções necessárias para reabrir suas fronteiras. Testes em aeroportos e apps de rastreamento para viajantes estão entre suas recomendações.

Observando que testes e outras tecnologias estão melhorando, Sobie espera que mais países asiáticos comecem a considerar reaberturas limitadas ou “bolhas de viagem” para viajantes a lazer.

“Mas é um processo lento. Acho que um país tem que liderar”, disse ele, acrescentando que Singapura poderia ser a pioneira, visto que ela não tem muito de um mercado de viagem doméstico para depender.

“Se o modelo provar ter sucesso, outros países também vão começar a olhar para isso”.

Fonte: Asia Nikkei

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Prédio queima totalmente em Chiba; mulher é ferida

Publicado em 22 de setembro de 2020, em Sociedade

Incêndio queimou totalmente prédio na província de Chiba e deixou uma ferida.

Bombeiros combatendo o fogo (Imagem: FNN)

Segundo a polícia, por volta das 17h50 de segunda-feira (21), o corpo de bombeiros recebeu uma chamada de incêndio em Hiregasaki, na cidade de Nagareyama (Chiba).

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O local era um prédio de 2 andares onde havia 5 lojas e restaurantes. As operações de combate ao fogo se estenderam até as 21h30 e o edifício foi totalmente queimado.

O segundo andar era utilizado como residência dos trabalhadores das lojas. No momento do incêndio, uma residente na faixa dos 30 anos estava no apartamento e respirou fumaça gerada pelas chamas. Ela foi socorrida e levada ao hospital.

Os bombeiros e policiais estão investigando a causa do incêndio.

Fonte: FNN

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