Yoshihide Suga, o primeiro-ministro do Japão, vem pressionando as 3 operadoras de telefonia celular para redução da assinatura e tarifas. Assim, começaram a mostrar que pretendem fazê-lo.
A KDDI foi a primeira a se manifestar em 25 do mês passado, depois foi a NTT Docomo em 29 e, por último, na quarta-feira (7), a Softbank.
O Ministro dos Assuntos Internos e Comunicações, Ryota Takeda, se reuniu com consumidores para ouvi-los sobre o assunto. Recebeu donas de casa, pessoas que moram sozinhas, empreendedores individuais e freelancers na quinta-feira (8).
As opiniões foram diversas, como o fardo pelo aumento do uso do Wi-Fi por causa do home office, famílias de baixa renda que não conseguem bancar os altos custos e desistem de ter um smartphone, o que acarreta na dificuldade de procurar emprego, por exemplo.
Antes dos consumidores o ministro ouviu cada um dos representantes das 3 operadoras no começo do mês. Não é fácil para elas reduzir 40% como apontou Suga, quando ainda era porta-voz do governo Abe, em 2018. Nessa ocasião disse que o plano de assinatura da Docomo, em Tóquio, era o segundo mais caro do mundo.
Tiro do governo pode sair pela culatra
Em relação às tarifas de telefonia móvel, o ministério revisou a lei em outubro do ano passado e lançou uma série de medidas para a promoção competitiva, como desmembrar as tarifas de comunicação do custo do smartphone e reduzir a taxa de cancelamento.
Embora a política não tenha estimulado a competição suficientemente, a pressão para a redução partiu do próprio Suga dizendo “há como reduzir nos planos de grande capacidade”.
Por outro lado, se as 3 tomarem essa iniciativa, ao contrário da estimulação à competição, a predominância das gigantes deverá continuar pois os usuários das muito baratas como Rakuten e outras poderão deixá-las.
Fica a expectativa para ver o que as 3 irão apresentar.
Fontes: Nikkei e Sankei