‘Passaportes’ de vacina despertam insegurança no Japão

O governo prevê o lançamento de certificados digitais quando começar a vacinar os idosos em abril.

Certiticado de registro de vacinação contra Covid-19 e ampola de vacina (ilustrativa/banco de imagens)

O Japão visa usar seus planejados certificados destinados a vacinados contra coronavírus predominantemente para viagem internacional, preocupado que exigi-los em contexto nacional como eventos e restaurantes poderia levar à discriminação contra aqueles que não receberam a dose.

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O governo prevê o lançamento de certificados digitais quando começar a vacinar os idosos em abril.

Uma proposta é usar cupons distribuídos por governos locais para aqueles elegíveis para a vacina. Um código QR no cupom será escaneado no local de vacinação, e um certificado digital será enviado ao smartphone da pessoa.

Os certificados também serão vinculados a uma base de dados gerenciada nacionalmente para registros de vacinação.

“Há um esforço global a fim de sistematizar registros de vacinação para viagem internacional”, disse Taro Kono, ministro responsável pela reforma administrativa, aos legisladores em 5 de fevereiro. “Se não nos adaptarmos, as pessoas no Japão vão ter dificuldades”.

Mas há preocupações de que o novo sistema poderia infringir sobre direitos pessoais.

“Poderíamos ver um problema com discriminação, então precisamos abordar isso cuidadosamente”, disse o Ministro da Saúde Norihisa Tamura em uma reunião de orçamento em 27 de janeiro, quando perguntado se aqueles sem um certificado poderiam ser recusados em restaurantes e locais de eventos.

Uma atualização na legislação do Japão relativa ao coronavírus, que entra em vigor no sábado (13), estipula que governos nacional e municipal devem garantir que ninguém passe por discriminação por causa da pandemia.

Tamura sugeriu que proibir indivíduos que não foram vacinados de entrar em certos espaços ou trabalhar em instalações de cuidados da saúde poderiam violar essa cláusula.

“É improvável que autoridades nacionais peçam para ver o certificado”, disse Kono.

Instituições médicas no Japão já emitem certificados de vacinação para febre amarela e hepatite A, mas eles servem para serem apresentados quando entrar em países que exigem essas vacinas, por exemplo, e não são destinados para uso doméstico.

Tentativas para emitir certificados similares estão em curso no mundo, principalmente em áreas que começaram a vacinar suas populações contra Covid-19.

Fonte: Asia Nikkei

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Diretor das Olimpíadas renunciará no dia 12

Publicado em 11 de fevereiro de 2021, em Sociedade

Após chuvas de críticas nacionais e internacionais, diretor das Olimpíadas anunciará renúncia por comentários machistas.

Diretor Mori em coletiva feita no dia 4 de fevereiro se desculpando pelos comentários machistas (Imagem: Mainichi)

Na noite de quarta-feira (3), o Comitê Olímpico Japonês (JOC) realizou uma reunião online de conselho extraordinária onde 51 membros participaram. Durante a reunião, que foi aberta para a imprensa, Yoshiro Mori, diretor do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, disse: “Quando tem muita mulher, as reuniões do conselho ficam longas” e outros comentários sexistas.

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Nesta quinta-feira (11), o diretor disse à imprensa que pensa em anunciar sua renúncia em reunião de confraternização na sexta-feira (12). O comitê olímpico recebeu diversas críticas de pessoas, empresas e mídias tanto no Japão quanto no exterior.

Na quarta-feira (10), a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, declarou que não iria participar da reunião das 4 maiores autoridades das Olimpíadas que será realizada neste mês. “Mesmo se fizermos uma reunião, acho que não terá nada produtivo”, disse a governadora.

O Ministério da Justiça recebeu 60 mil assinaturas de pessoas que pedem uma punição ao diretor Mori na quarta-feira (10). Embaixadas de diversos países no Japão postaram mensagens e imagens nas redes sociais pedindo a punição do diretor. Muitas mídias internacionais também mostram forte crítica aos comentários sexistas.

Preocupado que as críticas afetassem a organização das Olimpíadas, o diretor Mori explica que a renúncia era inevitável.

Fonte: Mainichi

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