No sábado (17), o jornal Asahi, publicou uma matéria sobre as crianças com um dos pais estrangeiros, nos orfanatos e centros de aconselhamento infantil do Japão – órgão parecido com o Conselho Tutelar do Brasil.
A pesquisa foi realizada em parceria com uma professora da Universidade Rikkyo, de Tóquio, em 600 orfanatos e 150 instituições de cuidados infantis, para verificar o número de crianças estrangeiras.
Até 1.º de outubro do ano passado 16.776 crianças estavam sob os cuidados de cerca de 450 instituições. Sabe-se que 637 crianças têm pais estrangeiros ou um deles é de outra nacionalidade. Ou seja, têm raízes estrangeiras. Entre elas, havia 24 apátridas.
Os maiores números de crianças com raízes estrangeiras foram encontrados nos orfanatos das cidades metropolitanas de Kanto, Kansai e Tokai. O índice chega a 4% do total de pequenos nessas instituições, em relação ao total, cujos dados não são oficiais pois o governo ainda está em fase de levantamento.
Em um orfanato de Tsu (Mie), há crianças brasileiras e peruanas, mas vem aumentando as de origem vietnamita e chinesa. Assim, os funcionários dessas instituições precisa atendê-las nos idiomas estrangeiros.
Em outras, há dificuldade no preparo das refeições, por exemplo. As crianças islâmicas não podem comer carne de porco, por exemplo. Toda a refeição necessita ser halal, o que dificulta o preparo.
Fonte: Asahi Shimbun