Imagem ilustrativa de mutação de coronavírus (banco de imagens)
Mais países estão interrompendo ligações de viagem com a Índia, visto que o país registra um aumento devastador e sem precedentes nas infecções por coronavírus.
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Os EUA e o Reino Unido impuseram restrições de viagem à Índia na segunda-feira (19), com país norte-americano orientando viajantes a não irem ao país no Sudeste Asiático mesmo se estiverem completamente vacinados contra o coronavírus.
Hong Kong já proibiu voos da Índia por duas semanas com início na terça-feira e a Nova Zelândia tem uma suspensão em curso sobre viagens ao país até 28 de abril.
Singapura também disse na terça-feira que está reduzindo, com efeito imediato, o número de aprovações de entrada para aqueles que não são cidadãos ou residentes permanentes, mas tem histórico recente de viagem à Índia.
A Índia vem registrando mais de 200 mil casos de Covid-19 diariamente desde 15 de abril, em um aumento preocupante que provavelmente foi alimentado por uma nova variante de coronavírus potencialmente virulenta.
A variante B.1.617, que carrega várias mutações, incluindo a L452R e a E484Q, foi apelidada de “dupla mutante” devido as suas mutações principais na proteína Spike do coronavírus, que ela usa para se ligar mais eficazmente com células e causar infecção.
Enquanto a mutação L452R é conhecida por aumentar a transmissão viral e reduzir a eficácia de anticorpos, a E484 dá ao vírus ligação aumentada a células e propriedades de evasão imune.
A variante já foi detectada em pelo menos 16 países, incluindo Singapura e Reino Unido.
Maria Van Kerkhove, oficial técnica líder de Covid-19 da Organização Mundial da Saúde, disse aos repórteres na semana passada que essa é uma “variante de interesse” que a OMS está rastreando. “Ter duas dessas mutações, que foram vistas em outras variantes em todo o mundo, é preocupante’, acrescentou.
Fonte: Straits Times