Imagem ilustrativa da Flickr
No mês passado, o HHLW-Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar ampliou a idade alvo para inoculação, usando a Pfizer para adolescentes acima de 12 anos. Em resposta, a cidade de Komaki (Aichi), cuja população é de cerca de 150 mil habitantes, anunciou que incluirá os alunos dessa faixa à meta prioritária de vacinação.
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“Os estudantes do ginásio e colegial vivem em grupos. Desde o ano passado tiveram várias restrições para as atividades por causa da epidemia do novo coronavírus. Quero que eles vivenciem vários eventos da vida escolar até a formatura”, justificou o prefeito Shizuo Yamashita.
Cerca de 80% dos idosos já concluiu as duas doses da vacinação contra a Covid-19, devendo terminar até o final de julho.
Os próximos alvos da inoculação prioritária são os 10,4 mil alunos dessa faixa, pessoas com condição médica subjacente e funcionários das instituições de idosos, com meta até o final de agosto. No caso dos alunos, a prefeitura quer fazê-la durante as férias de verão.
Vozes contra vacinação embora não seja obrigatória
“Em relação à vacinação dos adolescentes já recebemos cerca de 20 ligações e 10 e-mails até agora (quarta-feira). Como é uma vacinação voluntária, os jovens devem obter o consentimento dos pais”, disse o prefeito.
Em outra cidade de Aichi, Togo, desde que a prefeitura anunciou o envio dos tíquetes de vacinação para os alunos do 3.º ano colegial, foi inundada de telefonemas e e-mails de protesto. Só de chamadas recebeu mais de 100.
Ameaça de morte
Em Ine (Quioto), onde a inoculação dos adolescentes começou em 6 deste mês, a prefeitura enfrenta protestos, ao ponto de ter que encerrar o agendamento por telefone. Chegou a receber ameaças de morte.
Nessas duas cidades a maioria dos telefonemas são de pessoas que residem em outras províncias, as quais são contra a vacinação dos adolescentes. O argumento é que não se sabe quais efeitos colaterais terão esses jovens no futuro.
Ensaio clínico da Pfizer
Vacina da Pfizer-BioNTech (Wikimedia)
As crianças e adolescentes, em geral, quando testam positivo, são assintomáticos ou os sintomas são leves. Mas eles podem levar a infecção para casa, por isso, vaciná-los tem um significado, explicou Hide Suga, médico e diretor adjunto do Hospital Nacional de Mie.
“Em relação à reação, um ensaio clínico da Pfizer realizado no exterior, mostra que 2,7% das pessoas com 16 anos ou mais tiveram febre de 38°C ou mais após a primeira vacinação, em comparação com 10,1% das pessoas com 12 a 15 anos”, apontou Suga.
Para ele, devolver o cotidiano normal para as crianças e adolescentes, como antes da pandemia, é importante, por isso, o papel da vacinação.
Fontes: Nagoya TV e Kyoto Shimbun