A empresa nuclear estatal Energoatom disse que é impossível garantir o resfriamento do combustível nuclear usado usado armazenado na central nuclear de Chernobyl, pois a energia elétrica foi cortada, na noite de quarta-feira (9), horário Tóquio e pouco antes do meio-dia na Ucrânia.
“A temperatura nas piscinas de retenção aumentará, podendo ocorrer liberação de substâncias radioativas no meio ambiente”, informou a estatal.
A linha de alta tensão de Kiev está atualmente desconectada devido aos danos causados pelos ocupantes da Rússia.
Segundo a Ukenegro, “por causa das ações militares dos ocupantes da Rússia, a usina nuclear de Chernobyl foi totalmente desconectada da rede elétrica”. Além disso, como os combates continuam, é atualmente impossível realizar obras de reparação e restabelecer o fornecimento de eletricidade, informou.
Como resultado, a usina de Chernobyl e todas as instalações nucleares na Zona de Exclusão estão sem eletricidade.
Ucrânia enfatiza o cessar-fogo
O órgão de vigilância nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), alertou que a usina – que é o local do pior desastre nuclear do mundo – não está mais transmitindo dados.
O ministro da Energia da Ucrânia, Herman Galushchenko, expressou esperança de que isso seria um incentivo para tomar decisões difíceis para garantir a segurança da energia nuclear da Ucrânia e, consequentemente, a segurança nuclear da Europa e do mundo.
Ele disse que as autoridades ucranianas não sabem quais são os níveis de radiação na usina, pois não ouviram falar sobre o que está acontecendo lá desde que foi tomada pelas tropas russas.
Segundo Galushchenko, a Ucrânia enfatiza a necessidade de um cessar-fogo imediato e a proibição de que os ocupantes da Rússia se aproximem 30km das usinas nucleares e o apelo da AIEA a OTAN para estabelecer o fechamento do céu sobre a Ucrânia, dada a geografia das usinas nucleares.
O lado ucraniano acredita que a AIEA precisa intensificar as atividades para coordenar a prevenção de atos de terrorismo nuclear na usina nuclear de Chernobyl e em termos de assistência humanitária e psicológica ao seu pessoal.
Fontes: Odessa Journal, Mirror, Twitter e Ukrinform