Autoridades da saúde na América do Norte e Europa detectaram dezenas de casos suspeitos ou confirmados de varíola dos macacos (monkeypox, em inglês) desde o início de maio, levantando preocupações de que a doença endêmica em partes da África esteja se espalhando.
O Canadá foi o mais recente país a reportar que estava investigando mais de uma dezena de casos suspeitos da varíola dos macacos, após Espanha e Portugal terem detectado cerca de 40 ocorrências possíveis e verificadas.
O Reino Unido confirmou 9 casos desde 6 de maio, e os EUA verificaram o primeiro caso na quarta-feira (18), dizendo que um homem no estado de Massachusetts havia estado positivo para o vírus após visitar o Canadá.
A varíola dos macacos, que em sua maioria ocorre na África Ocidental e Central, é uma infecção viral similar à varíola humana, embora mais leve. Ela foi registrada pela primeira vez na República Democrática do Congo nos anos 1970.
A doença, da qual a maioria das pessoas se recupera dentro de várias semanas e foi fatal apenas em casos raros, infectou milhares de pessoas em partes da África Ocidental e Central nos últimos anos, mas é rara na Europa e África do Norte.
Geralmente a doença começa com sintomas similares aos da influenza, dores musculares e nódulos linfáticos inchados, antes de causar erupções cutâneas similares às de catapora no rosto e corpo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na terça-feira (17) que estava coordenando com o Reino Unido e oficiais da saúde europeus sobre os novos surtos.
A OMS também disse que estava investigando sobre o fato de muitos casos serem de pessoas identificadas como gays, bissexuais ou homens que tiveram relações sexuais com homens.
“Essa é nova informação que precisamos investigar de forma apropriada para compreendemos melhor a dinâmica de transmissão local no Reino Unido e em alguns outros países”, disse o assistente do diretor-geral da OMS, Soce Fall, em uma coletiva de imprensa.
“Qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola dos macacos através de contato com fluidos corporais, feridas ou itens compartilhados que foram contaminados”, disse uma declaração do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA na quarta-feira, acrescentando que desinfetantes usados em casa podem matar o vírus nas superfícies.
Fonte: Channel News Asia