Desde o início deste mês, mais de 100 casos confirmados e suspeitos de varíola dos macacos (monkeypox) foram reportados na Europa, América do Norte e Austrália, aumentando preocupações sobre um outro surto de doença infecciosa.
Enquanto nenhum caso tenha sido encontrado no Japão até agora, o Ministério da Saúde pediu nesta semana que municípios a nível nacional aumentassem a vigilância e reportassem quaisquer casos suspeitos.
Entretanto, especialistas dizem que é improvável que o vírus da varíola dos macacos se espalhe rapidamente como o coronavírus.
A varíola dos macacos é causada por um vírus que se espalha entre humanos e animais. Quando infectadas, as pessoas desenvolvem sintomas muito similares àqueles vistos com a varíola humana, embora a dos macacos seja clinicamente menos severa.
Desde 1970, quando o primeiro caso foi detectado no Congo, houve surtos sustentados na África Ocidental e Central. A Organização Mundial da Saúde considera o vírus endêmico em 12 nações africanas.
O nome varíola dos macacos vem da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês no ano de 1958.
Desde 14 de maio, casos de pessoas sem histórico de viagem a países onde o vírus é endêmico foram reportados por toda a Europa, EUA, Canadá e Austrália, sugerindo propagação comunitária do vírus.
Os sintomas incluem erupção cutânea aguda, dor de cabeça, nódulos linfáticos inchados e dores musculares.
O período de incubação é geralmente entre 6 e 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias. De acordo com o ministério da saúde, a erupção cutânea surge de 1 a 3 dias após o surgimento de febre, geralmente na face e membros inferiores.
A maioria se recupera naturalmente dentro de 2 a 4 semanas, mas a doença pode causar sintomas severos em algumas pessoas, como crianças, grávidas ou aqueles com o sistema imunológico enfraquecido.
A taxa de mortalidade chega a 11%, mas nenhuma morte foi reportada em países ocidentais até agora, de acordo com o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas.
Fonte: Japan Times