O presidente Xi Jinping garantiu a Vladimir Putin na quarta-feira (15) o suporte da China sobre a “soberania e segurança” russa, levando Washington a alertar Pequim que ela arriscava acabar “no lado errado da história”.
A China se recusou a condenar a agressão militar massiva de Moscou contra a Ucrânia e foi acusada de oferecer cobertura diplomática para a Rússia ao criticar sanções ocidentais e vendas de armas a Kiev.
A China “está disposta a continuar oferecendo suporte mútuo (para a Rússia) sobre questões relativas a interesses fundamentais e preocupações principais como soberania e segurança”, divulgou a rede CCTV citando Xi durante uma conversa por telefone com Putin.
Essa foi a segunda conversa reportada entre os dois líderes desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro deste ano.
De acordo com a CCTV, Xi elogiou o “bom momento de desenvolvimento” em relações bilaterais desde o início do ano “face à turbulência global e mudanças”.
Pequim estava disposta a “intensificar coordenação estratégica” entre os dois países”, teria dito Xi.
O Kremlin disse que os dois líderes haviam concordado em aumentar a cooperação econômica face a sanções ocidentais “ilegítimas”.
Mas os EUA rapidamente se pronunciaram com uma réplica fria ao alinhamento manifestado por Pequim com Moscou.
“A China afirma ser neutra, mas seu comportamento deixa claro que ela ainda está investindo em relações próximas com a Rússia”, disse um porta-voz do Departamento do Estado.
“Nações que apoiam Vladimir Putin se encontrarão, inevitavelmente, no lado errado da história”.
O Ocidente adotou sanções sem precedentes contra a Rússia em retaliação a sua invasão à Ucrânia, e Moscou considera que a Europa e os EUA desta forma causaram desaceleração econômica global.
China e Índia são duas principais economias que não tomaram parte em medidas retaliatórias contra Moscou.
Fonte: Channel News Asia