Uma equipe do Lawrence Berkeley National Laboratory, dos Estados Unidos, anunciou na revista científica Science, na sexta-feira (24), a descoberta de uma enorme bactéria com comprimento máximo de 2 centímetros. As bactérias normais têm até cerca de 1/500mm.
A equipe disse que essas encontradas “derrubam o conceito convencional de bactérias”.
Os cientistas relatam que encontraram uma criatura filamentosa presa às folhas caídas em uma floresta de mangue na Guadalupe francesa, no Caribe. A análise com um microscópio eletrônico confirmou que possui características bacterianas, como a presença do DNA.
Até agora, o comprimento máximo foi de 0,75 milímetro, a qual era a maior.
A bactéria descoberta tem uma estrutura na qual um filme fino se espalhava em formato cilíndrico, sendo que o interior dele é preenchido com líquido. Havia DNA e ribossomos que sintetizam proteínas na parte da membrana.
Acreditava-se que quanto maiores as bactérias, mais difícil é para os nutrientes serem absorvidos pelas células, por isso o tamanho era limitado. Mas, diante dessa nova, a equipe acredita que uma estrutura especial em que as funções necessárias estão concentradas na parte da membrana fina é um dos fatores que possibilitaram o crescimento dela.
Yohei Yamagata, professor da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio, da cadeira de microbiologia aplicada, explicou que “se comparasse essa bactéria a uma pessoa, seria mais alta que o Monte Fuji, o que é impensável no senso comum. É uma conquista muito interessante e fico na esperança de obter mais esclarecimentos de como se desenvolve e como mantém as atividades vitais”.
Fonte: Yomiuri