O ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, 67 anos, morreu às 17h03 de sexta-feira (8), no hospital onde foi transportado para o tratamento, em Nara, após levar tiros nas costas, quando tinha começado o discurso de apoio aos candidatos locais do Partido Liberal Democrático (PLD).
Ele recebeu massagem cardíaca dentro do Doctor Heli que o transportou, pois foi retirado do local já com parada cardiorrespiratória.
Ele decidiu ir a Nara e Quioto no dia anterior para a campanha eleitoral. Um japonês que confessou “mirei querendo matá-lo”, foi preso logo depois dos disparos.
Com o óbito da vítima, a polícia de Nara deverá mudar a suspeita de tentativa para homicídio.
Quem era Abe
De uma família tradicional de políticos, Shinzo Abe, toquiota, é formado em Administração Pública, membro do PLD e foi primeiro-ministro por 4 mandatos.
Ele teve uma passagem de 3 anos como assalariado na Kobe Steel e em 1992, inicia na política como assessor de seu pai, então ministro das Relações Exteriores.
Em 1987 se casa com Akie, então funcionária da Dentsu e filha mais velha do dono da Morinaga. Continuou sua carreira como político, conservador e nacionalista. Em 1995 foi um dos indicados por Junichiro Koizumi nas eleições presidenciais do PLD.
Será sempre lembrado pelo Abenomics, uma política que adotou medidas econômicas de flexibilização monetária ousada, mobilização fiscal ágil e estratégias de crescimento que estimulam o investimento privado.
Foi no seu governo que concedeu 100 mil ienes de benefício para cada cidadão do país, no começo da epidemia do novo coronavírus.
Abriu as portas do Japão para o mundo dos negócios com o exterior, criou o Asia Gateway Concept, incluiu o Japão no TPP – Transpacific Partnership, um acordo comercial entre 12 países.
No âmbito das relações exteriores estabeleceu contatos com os presidentes dos EUA, dos países da Ásia, Europa, Rússia, Austrália e China.
Fontes: NHK, FNN e KTV