A farmacêutica japonesa Eisai diz que seu medicamento candidato destinado a reduzir a evolução da doença de Alzheimer mostrou resultados positivos em ensaios clínicos globais de fase final.
Ela acrescenta que visa solicitar aprovação do medicamento nos EUA, Japão e Europa até o fim de março do ano que vem.
A Eisai vem desenvolvendo o medicamento, chamado de lecanemab, juntamente com a Biogen, farmacêutica dos EUA.
A companhia começou o teste clínico em março de 2019 no Japão, EUA, Europa e em outros lugares com aproximadamente 1,8 mil pessoas no total. Os indivíduos do teste eram pacientes com comprometimento cognitivo leve, que é um pré-estágio da Alzheimer, e pacientes nos estágios iniciais da doença.
Eles receberam lecanemab ou placebo uma vez a cada duas semanas. Médicos e outros profissionais da saúde avaliaram mudanças no cognitivo e outras funções dos pacientes.
A Eisai disse que nos 18 meses desde o início do ensaio, o declínio cognitivo e funcional foi reduzido em 27% no grupo administrado com o medicamento, comparado com aquele que recebeu placebo.
O medicamento é um anticorpo para a doença. Ele elimina a beta amiloide, uma proteína anormal a qual médicos acreditam que pode se acumular no cérebro de pacientes com a doença de Alzheimer, ao se vincular à proteína. Isso previne que células nervosas se quebrem e trabalha para reduzir a evolução da doença.
A companhia planeja reportar os resultados detalhados de testes em uma conferência acadêmica sobre demência programada para novembro nos EUA.
Fonte: NHK