A fabricante de chips Kioxia Holdings abriu na quarta-feira (26) uma nova fábrica de memória flash de ¥1 trilhão (US$6.69 bilhões), uma ocasião obscurecida pela demanda em declínio por chips de memória em meio à inflação global.
A sétima instalação de fabricação, ou Fab7, na planta de Yokkaichi (Mie), concluiu sua primeira fase de construção em abril e iniciará operações integrais no fim deste outono assim que equipamentos forem trazidos.
A Fab7 deve aumentar a capacidade de produção total da planta de Yokkaichi em 30%. Com subsídios de até ¥92.9 bilhões do governo japonês, a planta produzirá memórias flash NAND de 162 camadas, junto com outros produtos de próxima geração.
A planta é um empreendimento conjunto entre a Kioxia e a parceira Western Digital dos EUA, que estão dividindo os custos do equipamento e outros investimentos igualmente.
A segunda fase da construção está planejada para a Fab7, embora o cronograma ainda tenha que ser estabelecido. A planta de Kitakami da Kioxia na província de Iwate, no norte do Japão, também está construindo sua segunda fábrica.
Entretanto, a abertura da instalação ocorre em um momento difícil para a indústria. Fabricantes de memórias no mundo esperavam que a alta demanda continuasse neste ano. Contudo, as pressões inflacionárias globais e a desaceleração econômica da China cortaram a demanda por smartphones.
À luz disso, a Kioxia decidiu cortar produção nas plantas de Yokkaichi e Kitakami ao alimentar 30% a menos wafers nas linhas com início neste mês. Isso representa o maior corte de produção desde 2012, antes da Kioxia se desmembrar da Toshiba.
“O mercado de memória é um lugar consideravelmente desafiador”, disse o presidente da Kioxia, Nobuo Hayasaka, aos repórteres na quarta-feira (26). “Não sabemos o quão profundo ou o quão longo serão os cortes de produção”.
A Kioxia planeja ajustar o nível de operações enquanto monitora as condições de mercado.
Fonte: Asia Nikkei