O Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão (MEXT) informou na segunda-feira (26) que um total de 215 professores da rede pública, do primário, ginásio e colegial, foram punidos por diversas ações criminosas e censuráveis, entre elas, atos obscenos e assédio sexual, no ano letivo de 2021.
Segundo o MEXT houve um aumento de 14 em relação ao ano letivo anterior, mas inferior comparando com o recorde de 2018, quando foram 282 professores.
Foram investigados os casos nas escolas de 20 cidades das 47 províncias, em relação aos crimes sexuais, como violência e assédio. Dos 140 punidos por esses crimes, constatou-se que em 93 casos as vítimas foram crianças. Os que cometeram assédio sexual foram 75 professores.
Foram constatados outros casos como tocar o corpo dos alunos e colegas, voyeurismo, relações sexuais com alunos, beijos e outros.
Os prejudicados foram crianças e alunos da própria escola (93 casos) e pessoal docente da instituição (40 casos), representando 60% do total. Dos professores punidos, 213 são do sexo masculino, ou 99%.
As punições aplicadas foram:
- 118 demitidos
- 50 suspensos
- 21 tiveram seus salários reduzidos
- 26 receberam reprimendas
Por faixa etária, 44 professores têm idade na casa dos 20 anos, 69 na casa dos 30 anos, 42 na faixa dos 40 anos e 60 na casa dos 50 anos ou mais.
Esse tipo de punição, chamada de disposição, é reconhecida legalmente por afetar diretamente os direitos e obrigações do funcionário público ou do povo, sendo que nesse caso, se aplica aos professores que transgrediram a lei.
Dependendo do caso, se for criminal, além de responder na Justiça, é o fim da carreira pública do professor.
Fonte: Mainichi