Desde o começo da epidemia do coronavírus, em janeiro de 2020, o Japão perdeu 60.411 vidas, de pacientes com covid, até terça-feira (10).
Em outubro do ano passado foram 1.864 óbitos, em novembro foram 2.985, foram 7.622 em dezembro e nos 10 dias de janeiro já somam 3.145.
Portanto, se vê uma nítida diferença comparando dezembro e janeiro – total de 10.767 – com outubro e novembro. Houve um salto espantoso. E, se pensa que são só idosos, engana-se.
Crianças com covid também foram a óbito
Foram 4 crianças com idade inferior a 10, 4 adolescentes, 5 na faixa dos 20 e 16 na faixa dos 30.
Na idade adulta mais madura, foram 35 na faixa dos 40, 97 na faixa dos 50 e 296 na faixa dos 60 anos.
E, os idosos são maioria:
- 996 pessoas na faixa dos 70 anos (17,10%)
- 2.398 pessoas na faixa dos 80 anos (41,17%)
- 1.974 pessoas com mais de 90 anos (33,89%)
Segundo as conclusões da análise do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão (NIID), de 4 mil casos de pacientes, a idade média dos que tiveram o quadro agravado é de 68 anos, sendo que a metade deles tem 73 anos ou mais.
A idade média dos falecidos é de 83,1 anos, sendo que a metade tem 86 anos ou mais.
Importância da vacinação e causa da morte mudou
O professor Atsuro Hamada, da Tokyo Medical University, destacou 3 pontos a observar.
- Embora a taxa de casos graves seja menor do que antes, o número de pessoas infectadas está aumentando
- Aumento dos óbitos de idosos com doenças crônicas que testaram positivo para o coronavírus
- Estima-se que a taxa de vacinação contra a variante ômicron não é alta entre os idosos
“No passado, foram observados casos de pessoas que morreram de pneumonia grave por causa da covid, mas agora, esse mesmo vírus causa distúrbios vasculares e há pessoas que morrem devido a infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral isquêmico”, acrescentou o professor.
Ele opina que as doses de reforço da vacina devem ser aplicadas para conter o aumento de pessoas infectadas, especialmente aos idosos.
Fonte: NHK