Nas águas escuras das cavernas chinesas foi encontrada uma espécie bizarra de peixe que tem uma estranha semelhança com a mítica criatura equina, o unicórnio.
O recém-descoberto peixe com algo parecido com um chifre, que os pesquisadores descobriram, estava escondido em uma caverna escura como breu do tamanho de uma mesa de cozinha, dentro de uma caverna na província montanhosa de Guizhou. A temperatura da água era de 16ºC e o pH era de 7,4, portanto uma água neutra, não tão alcalina.
Não tem escamas ou cor, mas tem minúsculos olhos rudimentares que provavelmente não podem ver nada e um chifre incomumente grande projetando-se de sua cabeça, revela um novo estudo.
Foi encontrado enquanto pesquisavam os peixes cavernícolas do gênero Sinocyclocheilus. Os peixes deste gênero são encontrados apenas na China, geralmente dentro de pequenas cavernas aquáticas envoltas na escuridão. Existem 76 espécies conhecidas de Sinocyclocheilus, a maioria das quais compartilha características semelhantes às espécies recém-descobertas, como visão reduzida ou inexistente, falta de escamas e ausência de pigmentação. Há também um punhado de espécies de Sinocyclocheilus que vivem em águas iluminadas e não possuem as características incomuns associadas a seus primos esquisitos.
Incrível descoberta de peixe com chifre único
A equipe de pesquisadores coletou alguns deles para levar ao laboratório e examinar, sem saber que estava lidando uma espécie nunca antes vista. Depois de comparar os peixes encontrados com outras espécies conhecidas e analisar seu DNA, os pesquisadores perceberam que foi uma descoberta.
No novo estudo, publicado em 17 de janeiro na revista ZooKeys, a equipe descreveu a nova espécie de peixe, e a batizou de S. longicornus.
O Longicornus têm entre 10,5 a 14,6 centímetros de comprimento, possuem dois pares de barbilhões semelhantes a bigodes que usam para tatear no escuro. Mas talvez sua característica mais interessante seja sua estrutura incomumente longa em forma de chifre, que ainda não se sabe para qual finalidade é utilizado.
Fontes: Nazology, SCI e Live Science