O ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro, disse no domingo (26) que o governo chinês decidiria sobre uma nova data para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático, acrescentando que assinatura de acordos entre Pequim e Brasília foi adiada.
“Todas as ações do governo estão adiadas, incluindo aquelas do Ministério da Agricultura”, disse Fávaro, que chegou à China na semana passada, em uma coletiva de imprensa na capital Pequim.
“Quando o governo chinês estiver pronto, com agenda disponível, a visita certamente será reagendada e continuaremos a assinatura de todos os memorandos e acordos”.
O governo brasileiro anunciou no sábado (25) que o presidente Lula, que assumiu o cargo em janeiro, havia cancelado sua viagem de alto perfil à China, agendada para 27 a 31 de março, após ser diagnosticado com broncopneumonia bacteriana e viral causada por influenza do tipo A.
A visita, que era para incluir uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping na terça-feira (28), foi vista como um esforço significativo pelo novo presidente em melhorar as relações com o maior parceiro de negócios do Brasil.
Fávaro também enfatizou que sua viagem à China já havia garantido um ganho importante, com Pequim aprovando a retomada de importações de carne bovina brasileira de novas plantas autorizadas.
As vendas para a China foram voluntariamente suspensas pelas autoridades brasileiras em 23 de fevereiro, após a descoberta de um caso atípico de doença da vaca louca.
O ministro disse que acordos entre companhias brasileiras e chinesas devem ser anunciados na quarta-feira (29). Cerca de 240 líderes de negócios brasileiros eram inicialmente esperados na China, mais de um terço do setor da agricultura do Brasil, que envia grande parte de sua carne, soja e polpa de madeira para o país asiático.
Fonte: Channel News Asia