Lula foi o único com quem Zelensky não teve reunião no G7

O presidente da Ucrânia falou sobre isso com uma pitada de humor.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em coletiva de imprensa no domingo, em Hiroshima (JNN)

A cúpula do G7 realizada em Hiroshima foi encerrada no domingo (21) e contou com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

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Ele visitou o Museu da Memorial da Paz de Hiroshima em companhia do primeiro-ministro do Japão, o anfitrião Fumio Kishida. Mais tarde, em seu discurso disse que embora não tenha sido atacada com arma nuclear, a cidade de Bakhmut foi completamente destruída pelas tropas da Rússia, tal qual as imagens que viu no museu.

Pediu pela paz no seu país, mas também por reforços bélicos para colocar fim ao conflito. 

Antes de sua fala, Zekensky teve reuniões bilaterais com todos os chefes de Estado presentes na cúpula, exceto com o presidente do Brasil, Lula.

Questionado pela jornalista do Bloomberg de Londres, sobre o motivo disso, e se foi por que Lula e o governo chinês estariam fomentando apoio financeiro a Rússia, respondeu que “não tenho provas de que o Brasil, China e Índia estejam fazendo isso, mas estamos tomando medidas para que isso não aconteça. E também, o fato de todos estarmos reunidos aqui hoje é uma mensagem importante. Pela concretização da fórmula da paz, estamos recebendo apoio de muitos países” e emendou dizendo que “cada um (dos líderes) tem sua agenda, por isso, não pude me encontrar com o presidente do Brasil”.

A jornalista perguntou se não ficou decepcionado e Zelensky respondeu com uma pitada de humor que “ele é que deve ter ficado desapontado”, se referindo a Lula

Vale lembrar que Lula criticou Joe Biden no G7 por apoiar a Ucrânia, dizendo que isso “não faz sentido” para alcançar a paz e que a questão ucraniana deve ser discutida nas Nações Unidas e não no âmbito do “G7, que é hostil à Rússia”. 

Na cúpula do G7 em Hiroshima, um dos pontos focais foi o fortalecimento da cooperação com os países emergentes e em desenvolvimento, incluindo o Brasil, conhecidos como Sul Global, onde muitos países adotam uma postura neutra sobre a invasão russa na Ucrânia. 

Assista ao vídeo já posicionado no momento da pergunta da jornalista. Caso queira assistir à transmissão feita ao vivo, volte o vídeo no começo.

Fontes: Asahi, Tokyo Shimbun, JNN e Kyodo

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Elevado risco de câncer em pessoas que bebem mas são indispostas às bebidas alcoólicas

Publicado em 22 de maio de 2023, em Saúde, Bem-Estar e Cotidiano

Pessoas ‘fracas’ às bebidas alcoólicas, mas que bebem, têm elevado risco de desenvolver câncer do estômago, segundo última pesquisa.

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Um estudo realizado pelo Centro Nacional do Câncer do Japão (NCC) demonstrou que pessoas que possuem dificuldade em metabolizar bebidas alcoólicas apresentam maior probabilidade de desenvolver câncer gástrico difuso, um tipo de difícil tratamento.

Foram analisados os genomas (códigos genéticos) dos tecidos com câncer de aproximadamente 1,5 mil pacientes com cancro no estômago do Japão, Estados Unidos e China. É a primeira vez no mundo que um estudo comprova a relação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o surgimento da doença.

O câncer de estômago está em terceiro lugar dos cancros mais comum no Japão em números de pacientes e também de mortes. O tipo difuso é responsável por 30% do câncer gástrico, incluindo o de cirrose. O tratamento deste tipo de câncer é mais difícil que o tratamento do histológico-intestinal iniciado pela infecção da bactéria Helicobacter pylori. 

Nesse estudo, foram analisados 1.457 pacientes com câncer gástrico em todo o mundo, incluindo 697 japoneses.

Como resultado da análise do genoma, descobriu-se que pessoas que possuem uma variação genética que dificulta a metabolização do álcool, quando ingerem bebidas contendo essa substância, induzem a ocorrência de outras mutações genéticas, as quais podem resultar no desenvolvimento do câncer gástrico difuso.

Esta característica é muito frequente em pessoas de países do leste asiático, como o Japão, denominada de “tipos indispostos às bebidas alcoólicas”.

Tatsuhiro Shibata, chefe da equipe e diretor da pesquisa genômica do câncer do NCC, disse que “gostaríamos de avançar ainda mais em nossa pesquisa, como entender a relação entre a quantidade do consumo de bebidas alcoólicas e o risco de desenvolvimento de câncer de estômago, para avançar no desenvolvimento de novos tratamentos e na prevenção do carcinoma”.

Portanto, as pessoas com indisposição às bebidas alcoólicas devem evitar o seu consumo.

Fonte: Yomiuri

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