Mesmo quando a doença é detectada precocemente, a recorrência de câncer de mama é relativamente comum e para as sobreviventes, a perspectiva pode ser assustadora.
Um medicamento desenvolvido pela farmacêutica suíça Novartis mostrou reduzir esse risco em um quarto em um grande grupo de sobreviventes de estágio inicial, oferecendo às pacientes nova esperança.
Resultados de um ensaio clínico foram apresentados na reunião anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO).
O estudo do ribociclibe, que pertence a uma classe mais nova de medicamentos conhecidos como terapias molecularmente direcionadas, foi descrito como “um ensaio clínico muito importante e mudança de prática”, pela especialista da ASCO, Rita Nanda, que não estava envolvida na pesquisa.
A maioria dos 2 milhões de casos de novos casos de câncer de mama diagnosticados globalmente estão nos estágios iniciais da doença, definidos como I a III.
“O padrão atual de terapia para esses pacientes é cirurgia, seguida por quimioterapia, ou radiação, então seguida por entre 5 a 10 anos de bloqueio hormonal por várias terapias endócrinas”, disse aos repórteres o autor líder Dennis Slamon do UCLA Jonsson Comprehensive Cancer Center.
Mas a recorrência é de 1 em 3 pessoas para o estágio I, e mais de 1 em 2 no estágio III, com o câncer reaparecendo décadas depois.
O ribociclibe já é amplamente aprovado em todo o mundo e anteriormente mostrou benefícios para pessoas com câncer de mama metastático.
A taxa de efeitos colaterais foi baixa. O mais comum foi contagens anormalmente baixas de um tipo de glóbulo branco chamado neutrófilo, assim como dores nas juntas. Efeitos menos comuns incluíram problemas gastrointestinais e fadiga.
O ribociclibe trabalha ao desestabilizar proteínas em células de câncer de mama chamadas CDK4 e CDK6, responsáveis por divisão celular.
A Novartis disse em uma declaração que planejava apresentar os dados às autoridades regulatórias nos EUA e Europa antes do fim do ano.
Fonte: Japan Today