Uma erupção moderada do vulcão mais ativo das Filipinas que forçou cerca de 18 mil pessoas a fugir para abrigos de emergência pode durar por meses e criar uma crise prolongada, disseram autoridades na quarta-feira (14).
O presidente Ferdinand Marcos Jr. se deslocou para a província de Albay a fim de tranquilizar residentes que foram forçados a evacuar da maioria das comunidades agrícolas mais pobres dentro de um raio de 6Km da cratera do vulcão Mayon desde o aumento da atividade vulcânica na semana passada.
A erupção é a mais recente calamidade natural para testar a administração de Marcos, que assumiu o poder em junho de 2022 em uma nação no Sudeste Asiático considerada uma das mais propensas a desastres no mundo. Cerca de 20 tufões e tempestades por ano afetam as Filipinas e o arquipélago pobre com 23 vulcões ativos luta contra terremotos frequentes.
Marcos disse aos residentes deslocados em um centro de evacuação que pode levar 3 meses até a erupção se abrandar e eles poderem retornar para casa.
A atividade do vulcão foi elevada em 8 de junho para o nível 3 em um sistema de alerta que vai até 5, o que significa que erupção perigosa era considerada possível em semanas ou dias.
Após dias apresentando sinais de nervosismo renovado, o Mayon começou a expelir lava na noite de domingo (11). A lava fluiu vagarosamente por suas encostas no sudeste, disseram especialistas do governo.
O vulcão pode expelir lava moderadamente por 3 meses ou mais, como ele fez no passado, sem gerar uma explosão violenta e ameaçadora, disse Teresito Bacolcol, diretor do Instituto Filipino de vulcanologia e Sismologia ao Associated Press.
O Mayon de 2.462 metros de altura é uma principal atração turística nas Filipinas devido ao seu formato cônico pitoresco, mas é o mais ativo dos 24 vulcões conhecidos do país.
Ele entrou em erupção violentamente em 2018, deslocando dezenas de milhares de pessoas. Uma erupção em 1814 deixou vilarejos inteiros sob a terra e mais de mil mortos.
Fonte: Asahi