Apreensão histórica de barbatanas de tubarão no Brasil

Quase 29 toneladas de barbatanas de tubarão foram encontradas e apreendidas no Brasil. A notícia repercutiu em todo o mundo, inclusive no Japão.

Barbatanas de tubarões (Ibama, via Agência Brasil)

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu 28,7 toneladas de barbatanas de 2 espécies de tubarões que seriam exportadas de forma ilegal para a Ásia, informou a Agência Brasil na segunda-feira (19). 

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A notícia repercutiu no mundo, inclusive no Japão, nos noticiários de terça e quarta-feira (21).

Estima-se que 10 mil tubarões, das espécies Azul e Anequim, foram mortos. Segundo o Ibama, a apreensão pode ser considerada a maior registrada no mundo, considerando que foi feita no local onde os animais foram capturados.  

A maior parte da carga foi encontrada em uma única empresa exportadora de Santa Catarina, que detinha 27,6 toneladas de barbatanas. O restante foi descoberto em uma empresa flagrada pelos fiscais no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.  

A pesca direcionada para tubarões não é permitida no Brasil. Segundo o Ibama, as embarcações “valiam-se de licenças de captura de outras espécies de peixe e atuavam com índices acima de 80% da carga permitida”. 

“A partir de minuciosas análises das origens destas barbatanas, em especial de sua captura, constatou-se várias irregularidades cometidas pelas embarcações, que vão desde a captura com ausência de licença para àquela modalidade de pesca, captura direcionada para tubarões em desacordo com a licença de pesca e pesca proibida com o uso de equipamentos de pescaria em desacordo com a legislação”, informa o Ibama.  

As barbatanas de tubarão (フカヒレ no Japão) são um produto muito apreciado pelo mercado asiático, cujos povos a usam para preparar sopas, lámen, sushi e outros pratos. São considerados ingrediente de luxo na China e também no Japão.

O Ibama alerta que a captura indiscriminada e irregular tem provocado a redução das populações de tubarões em todo o mundo e colocando várias espécies em risco de extinção, como o Anequim. Desde o dia 22 de maio esse entrou na lista de espécies ameaçadas de extinção.  

Fiscal mostra uma das barbatanas de tubarão (Ibama, via Agência Brasil)

Fontes: ANN, Jiji e Agência Brasil

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Começa o verão: delícias para comemorar a chegada

Publicado em 21 de junho de 2023, em Tempo

O Japão é um país com muitas tradições e no solstício de verão não é diferente. Veja como se comemora esta data.

Foto ilustrativa de melancia, uma das frutas típicas do verão (StockSnap)

A data de 21 de junho é marcada como solstício de verão no Hemisfério Norte, dia em que o sol está no ponto mais alto do ano, portanto, o mais longo.

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Chamado de geshi em japonês (夏至), é um dos vinte e quatro termos solares e ocorre por volta do final de junho de cada ano, quando a estação chuvosa está chegando ao fim.

Há um costume de comemorar a data incluindo a abóbora d’água ou melão de inverno, chamada togan (冬瓜), no cardápio. Tem a textura parecida com o melão, sem o sabor doce. Essa hortaliça é preparada em sopa ou ensopado, com carne de porco ou frango, em saladas e refogados. 

‘Togan’ em japonês, abóbora d’água (JA)

Por ser rica em minerais e vitamina C, além de ser de baixíssima caloria, ajuda a manter e fortalecer a imunidade do corpo e também da saúde dos ossos, prevenindo diversas doenças. É um alimento nutritivo, ideal para começar bem o verão para não correr o risco de ter a exaustão chamada de natsubate

E é preciso ir preparando o corpo para a chegada do alto verão, logo depois da estação chuvosa, que este ano deverá findar antes da média normal.

Outros alimentos do solstício de verão

Em geral, se prepara pratos com o melão de inverno, mas em algumas regiões, há costumes diferentes. Na região Kansai é o polvo que entra no cardápio das famílias. Aliás, esse também é um alimento rico em nutrientes e ajuda a prevenir a exaustão de verão.

Já em Fukui há locais que preservam a tradição de comer cavala ou sabá em japonês (鯖), assada. Parece que esse costume começou na era Edo, quando o senhor feudal distribuiu ao povo a cavala pescada na costa da província, assada inteira, para que sobrevivesse ao calor intenso do verão.

De fato, esse peixe tem proteína, é rico em ômega 3, tem as vitaminas A, B6, B12, D e E, além dos minerais, por isso, ajuda a manter o corpo bem nutrido.

Esta data marca o início da estação que remete ao lazer no rio, na praia ou no campo, usando roupas mais leves e coloridas, mas também é preciso cuidar da insolação e da fadiga, especialmente nas crianças e idosos.

Tenha um ótimo verão!

Fontes: WeatherNews, Yahoo! e Oggi

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