A morte de um cavalo durante um festival centenário no Japão levou a alegações de abuso contra animais e um protesto nacional com pedidos crescentes para alterar as regras.
As reações negativas começaram depois que um cavalo chamado Merzouga foi sacrificado após ter caído na encosta e fraturado sua perna esquerda no festival de 2 dias chamado Ageuma Shinji em maio na cidade de Kuwana (Mie).
A morte de Merzouga levou a uma onda de pesares na mídia social enquanto mais vídeos surgiam de cavalos saltando em terrenos difíceis com seus cavaleiros nas costas e se ferindo no processo.
Além de Merzouga, outros 5 cavalos teriam ficado feridos no festival deste ano realizado em 4 e 5 de maio.
Até agora, o festival tem sido uma prática cultural enraizada em tradições locais e crenças e tem uma história que remonta ao período Edo entre 1603 e 1868. Acredita-se que ele tenha se originado como uma maneira de orar por boa colheita e proteção contra maus espíritos.
Entretanto, a morte de Merzouga levou a exigências para que a cena dessa corrida seja revista com a província recebendo cerca de mil reclamações.
A questão também chegou ao Parlamento do Japão com legisladores discutindo sobre uma petição para encerrar o festival que coletou mais de 31 mil assinaturas.
A Life Investigation Agency (Agência de Investigação da Vida), uma Organização sem Fins Lucrativos, também apresentou uma queixa criminal contra 130 pessoas ligadas ao festival Ageuma Shinji, exigindo uma revisão da área onde os cavalos são forçados a correr.
Vídeos perturbadores na mídia social mostram cavalos sendo arrastados por espectadores e alguns também são vistos agredindo os animais e batendo neles com cordas, varetas e chicotes.
壁の前に、坂そのものが危険(2023.5)
馬が騎手を乗せたまま、仰け反って転倒。人達も危険。
この馬は骨折して殺処分されたメルズーガではありませんが、怪我をしていてもおかしくない。#上げ馬神事 #多度大社 #三重県 #桑名市 #Ageuma https://t.co/vyJe4JRIbT pic.twitter.com/FyICRZwmmD— tsugugoro (@RsONN2yEzmMHtRy) June 30, 2023
O festival xintoísta de 680 anos ocorre na cidade japonesa anualmente e atrai visitantes de todo o país.
Fonte: The Independent