A Johnson & Johnson (J&J) deve pagar US$18,8 milhões a um homem da Califórnia, o qual disse que desenvolveu câncer em decorrência da exposição ao talco da marca, decidiu um júri na terça-feira (18), um revés para a companhia enquanto ela busca resolver milhares de casos similares no tribunal de falências dos EUA.
O júri decidiu em favor de Emory Hernandez Valadez, que moveu a ação no ano passado no tribunal do estado da Califórnia contra a J&J, buscando indenização.
Hernandez, de 24 anos, disse que desenvolveu mesotelioma no tecido em torno de seu coração como resultado de exposição pesada ao talco da companhia desde a infância.
O julgamento de 6 semanas foi o primeiro sobre o talco que a J&J sediada em Nova Jersey enfrenta em quase 2 anos.
O vice-presidente de litígio da J&J, Erik Haas, disse em uma declaração que a companhia recorreria do veredito, chamando-o de “inconciliável com décadas de avaliações científicas independentes confirmando que o talco para bebê da Johnson é seguro, não contém amianto e não causa câncer”.
Dezenas de milhares de demandantes moveram ações judiciais, alegando que o talco para bebê da J&J e outros produtos relacionados continham amianto e causaram câncer de ovário e mesotelioma.
A subsidiária da J&J, a LTL Management, entrou com pedido de falência no mês de abril em Treton, Nova Jersey, propondo pagar US$8,9 bilhões para resolver mais de 38 mil processos e evitar que novos casos avançassem.
Fonte: Straits Times