O governo japonês não identificou quaisquer vazamentos de informação confidencial relacionada a segurança, disse um funcionário aos repórteres nesta terça-feira (8), recusando-se a comentar sobre uma reportagem de que hackers militares chineses haviam acessado segredos de defesa do Japão.
Falando em uma coletiva de imprensa regular em Tóquio, o secretário-chefe de Gabinete, Hirokazu Matsuno, disse que o governo estava “ciente sobre a reportagem”, mas “evitará fornecer informação detalhada devido à natureza do assunto”.
Matsuno estava respondendo a perguntas sobre uma reportagem do jornal Washington Post publicada na segunda-feira (7) a qual afirmava que a Agência Nacional de Segurança dos EUA havia notificado o Japão no outono de 2020 sobre invasão “chocantemente negativa” por Pequim.
Os hackers pareciam ter tido como alvo vários tipos de informação, de planos militares e capacidades a avaliação de deficiências militares.
Altos funcionários dos EUA visitaram Tóquio várias vezes para explicar as atividades de invasão e ajudar a fechar lacunas na cibersegurança do país, e indicaram que o compartilhamento de informações poderia ser reduzido se a rede de segurança do Japão não fosse reforçada, divulgou o Washington Post.
O ministro da Defesa, Yasukazu Hamada, também endereçou o assunto, dizendo aos repórteres nesta terça-feira, “até agora, nenhum ciberataque afetou nossa habilidade de realizar nossa missão”.
Matsuno buscou dissipar questões sobre a cooperação entre Japão e EUA.
“A cibersegurança é a fundação para manter e fortalecer a aliança Japão e Estados Unidos e continuaremos a trabalhar firmemente nisso”, disse ele.
Sobre as relações com a China, o governo japonês continuará a “afirmar que o Japão deve impor e pedir fortemente que a China aja de forma responsável” enquanto trabalhar para construir “relações positivas e estáveis”, disse ele.
Fonte: Asia Nikkei