A proibição rigorosa da Coreia do Norte sobre roupas ocidentais se estendeu para os shorts, mesmo durante os meses de calor escaldante. Contudo, isso se aplica apenas a mulheres, de acordo com residentes.
Autoridades estariam reprimindo mulheres que usam shorts, emitindo alertas e até prendendo algumas, forçando-as a assinar documentos contra o uso da peça de roupa novamente.
O novo decreto é originário de uma lei promulgada em 2020, destinada a cortar “comportamento antissocialista”, com os shorts sendo considerados um símbolo de cultura estrangeira e capitalismo.
Essa não é a primeira vez que tal medida do tipo foi aplicada desigualmente, visto que uma proibição anterior sobre fumo público foi imposta apenas contra mulheres pegas com cigarros.
A ação estimulou descontentamento entre mulheres na Coreia do Norte, que questionam a igualdade de gênero nessa política.
O país é conhecido por seus controles rigorosos sobre as vidas dos cidadãos, incluindo várias restrições sobre liberdade e direitos humanos.
Enquanto a liderança da Coreia do Norte prioriza avanços militares, particularmente em tecnologias nuclear e de mísseis, seus cidadãos continuam a enfrentar recursos limitados, desafiando condições de vida e falta de necessidades básicas.
A proibição sobre uso de shorts revela a insistência do governo em manter o controle sobre as escolhas dos cidadãos, mesmo quando enfrentam temperaturas escaldantes.
Em contraste com os avanços tecnológicos e crescimento econômico de seu vizinho no sul, a Coreia do Norte continua isolada.
O mandato de Kim Jong-un é marcado por retórica antiocidental, perpetuando a posição de que forças externas representam uma ameaça à sobrevivência do país.
Ações recentes, incluindo a demissão de um alto general e pedidos por produção aumentada de armas, revelam o foco em curso do regime sobre prontidão militar e garantia de seu domínio.
Fonte: Geo TV