O governo da Coreia do Sul pediu às autoridades japonesas que conduzissem uma investigação rápida e justa de um caso em que um restaurante em Tóquio serviu água com alvejante a uma cidadã coreana.
“Entramos em contato com a polícia local assim que fomos notificados sobre o incidente”, disse um funcionário do Ministério das Relações Exteriores, acrescentando que a vítima relatou o caso à embaixada coreana na capital japonesa em 6 de setembro deste ano.
“A polícia japonesa respondeu que eles farão isso, mas se recusaram a compartilhar detalhes da investigação nesse estágio”, citou o funcionário.
O funcionário também disse que o ministério foi informado que as operações do restaurante foram suspensas por 4 dias em relação ao incidente.
Em 31 de agosto, uma coreana de sobrenome Kang e seu marido japonês foram a um restaurante de gama alta, famoso pelo seu tempurá, localizado em uma loja de departamento de Ginza (Tóquio).
O restaurante serviu dois copos de água ao casal a pedido deles, mas após tomar o primeiro gole, Kang notou um odor estranho.
“Após o segundo gole minha garganta começou a doer e eu mal podia falar”, disse ela durante uma entrevista junto à rede de TV sul-coreana JTBC.
Ela imediatamente fez queixas à garçonete e ao gerente, mas eles tentaram levar o copo de volta sem dar qualquer explicação. Apenas após seu marido ter reclamado com o chef, a garçonete admitiu que a água servida era de uma garrafa que continha alvejante.
Após apresentar sintomas como dores no estômago e náusea, a vítima foi levada para um hospital nas proximidades onde ela foi diagnosticada com intoxicação alimentar aguda.
“Quando eu tentava vomitar enquanto estava aguardando a ambulância, a garçonete veio e disse, “Você deveria ir ao banheiro porque parece desrespeitoso”, teria afirmado Kang, manifestando fúria com a resposta imprópria do restaurante.
Depois, o restaurante explicou que seus funcionários serviram água misturada com alvejante por engano. O estabelecimento afirmou que a garçonete confundiu o a garrafa regular de água potável com a que continha o agente de limpeza.
A mulher, entretanto, afirma que ela foi vítima de crime de ódio contra cidadãos coreanos, visto que ela acredita que seria impossível confundir os dois recipientes, já que são completamente diferentes.
Fonte: SCMP